Antes da visita, os juízes participaram de uma reunião com representantes do Estado e ativistas, na sede do Ministério Público Federal, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife. Quando seguiram para a unidade, foram recebidos com protesto pelos moradores de casas vizinhas ao Complexo, que estão descontentes com o decreto que visa desapropriar os imóveis da comunidade.
Segundo o promotor de Execuções Penais do Estado, Marcellus Ugiette, a desativação da unidade prisional seria a melhor decisão. "Não adianta pintar, não adianta fazer enfermaria, porque o problema não é esse. O problema é que o Estado não consegue tomar conta das unidades prisionais", afirma o promotor.
Ao final da visita, o Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco declarou que as desapropriações foram suspensas e que a Corte avaliou positivamente as mudanças encontradas. "A visita foi muito esclarecedora e eles ficaram satisfeitos com as medidas que foram tomadas durante esses dois anos", declarou o secretário, que ao deixar o local foi hostilizado pelos moradores.
De acordo com com o membro da Justiça Global, Guilherme Pontes, que solicitou a visita da OEA, ainda existem muitos problemas para serem solucionados. "Ainda existem questões graves para serem enfrentadas, que precisam ser superadas", declarou.