Na noite desta sexta-feira (06), no Pátio de São Pedro, no centro do Recife, a Queima da Lapinha marcou o encerramento do ciclo natalino. No local, 14 pastoris acompanhados da Mendes Orquestra e de grupos de reisado se presentaram nas festividades do Dia de Reis. Além do Recife, o município de Olinda promoveu eventos que se relacionaram com a história e figuras típicas da cultura popular que envolvem música, dança, poesia e teatro. A Queima da Lapinha aconteceu na frente da Igreja do Carmo, e foi encerrada com passistas de frevo, dando boas-vindas ao Carnaval.
História
A Queima da Lapinha é uma manifestação religiosa oriunda do século 19, que foi trazida ao Brasil pelos jesuítas. A lapinha simboliza a manjedoura onde nasceu o Menino Jesus. Além de ser um rito de despedida do Ciclo Natalino, a Queima da Lapinha antecipa o novo período festivo, abrindo caminho para o Carnaval.
A lapinha é feita de folhagens secas e incensos. Antes da solenidade da queima, é feita a retirada da imagem do Menino Jesus para que ela seja entregue de presente a um homenageado. Feito isso, a lapinha é queimada, enquanto o público presente joga seus pedidos no fogo, na esperança de que eles sejam atendidos ao longo do ano. Concluída a cerimônia quem assume o palco do Pátio de São Pedro é o Guerreiro do Sol Nascente, de Água Fria. Criado há mais de 20 anos pelos pesquisadores Ubiracy Ferreira e Antonia Batista, ele se apresenta com loas e saudações ao nascimento do Menino Jesus e à Maria.