Ilegal

Greve dos servidores do Detran-PE chega ao quinto dia

TV Jornal/ Com informações da Rádio Jornal
TV Jornal/ Com informações da Rádio Jornal
Publicado em 17/02/2017 às 15:00

{IMAGEM}

Apesar de considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, a greve dos servidores do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) chega ao quinto dia. Muitos motoristas foram até o prédio sede, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, na manhã desta sexta-feira (17) e se surpreenderam pois nenhum serviço estava sendo realizado no local.

O estudante de educação física Rosenildo Júnior precisa do carro para trabalhar e arriscou ir buscar a Carteira Nacional de Habilitação na manhã de hoje. Ele diz que recebeu a informação de que 100% dos funcionários aderiu à paralisação, de acordo com o Sindicato dos Servidores do Detran. "A gente sabe que, por lei, pelo menos 30% tem que trabalhar. Meu atendimento não vai ser efetivado por causa dessa greve injusta com o cidadão", diz.

A dona de casa Luciana Maria está na mesma situação e teme ser multada. "A gente fica com a habilitação aí presa, pronta, eles não entregam. Os funcionários entram, batem o ponto e fincam escondidinhos", diz. "Se amanhã a blitz me parar e perguntar 'cadê sua documentação', ela está aqui guardada. Minha carteira está liberada, não está vencida, mas eles não entregam", completa.

Em todo o Estado, 1.300 servidores do órgão pedem que o Governo de Pernambuco cumpra um acordo assinado em 2016. Nele ficou acertado a contratação definitiva de planos de saúde, o pagamento de insalubridade para servidores que trabalham com o solvente tiner, além de gratificação para examinadores de pátio, que é garantida por lei desde 2008.

Defesa

O presidente do Sindicato do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Sindetran-PE), Alexandre Bulhões, promete recorrer da decisão judicial que torna ilegal a paralisação por tempo indeterminado. "Foi instituído uma multa nos dando o direito de defesa. A gente está aqui representando os trabalhadores do Detran. Foi assinado um acordo com o governador e não foi cumprido. Então nós vamos fazer a defesa pacificamente e continuar nosso movimento", diz. De acordo com o órgão, todos os serviços agendados serão oferecidos sem prejuízo no retorno das atividades.