Saúde

Doença rara atinge agricultores de Serra Talhada, no Sertão

TV Jornal
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Publicado em 04/05/2017 às 11:27

-Reprodução/TV Jornal

Três agricultores estão internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC) com uma doença rara que não tem registro em Pernambuco. A cocciodioidomicose é transmitida por um fungo, que fica no solo.

A enfermidade atingiu membros da mesma família. José Balbino de Sá, 71 anos, foi o primeiro a apresentar os sintomas. Foram mais de 20 dias sentindo dores no peito, nas costas, tosse, falta de ar e muita febre. Depois dele, os filhos Jadielson Balbino de Sá, de 40 anos, e Francisco de Assis de Sá, de 32 anos, começaram a sentir as mesmas dores.

Só então, a família resolveu procurar um médico. Primeiro eles foram levados para o Hospital público de Serra Talhada e, mesmo depois de medicados, os sintomas não desapareceram. Os agricultores ficaram bastante debilitados e, diante da gravidade e da falta de diagnóstico preciso, eles foram trazidos para o Hospital das Clínicas, no Recife.

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Foram muitos exames para chegar ao diagnóstico da doença. A doença rara cocciodioidomicose se espalha pelo corpo quando o fungo é inalado. Na literatura médica, o contágio se dá em pessoas que trabalham com a terra ou que manejam o tatu, animal comum na região dos agricultores.

A equipe médica do Hospital das Clínicas afirma que casos da doença foram registrados no Ceará, Maranhão, Ceará e Piauí. O médico infectologista Carlos Eduardo Padilha, que trata dos agricultores, explica que, apesar de contagiosa, a coccidioidomicose não é transmitida entre os humanos. O tratamento é longo, feito à base de antifúngicos. Ele afirma, ainda, que trata-se de uma doença comum em áreas rurais e que não há riscos de se proliferar em área urbana. Os agricultores estão respondendo bem ao tratamento e não têm previsão de alta.