Investigação

Mulher morta no Cabanga pode ser outra vítima do acusado de matar Mirella

TV Jornal
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Publicado em 14/06/2017 às 15:29

-Reprodução/TV Jornal

A Polícia Civil divulgou que o comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos, acusado de matar a fisioterapeuta Mirella Sena dentro de um flat em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, é suspeito de outro crime. O inquérito para investigá-lo foi reaberto porque ele é um dos investigados pela morte de outra mulher, no Recife, em 2013.

O crime teria acontecido em setembro, quando uma mulher foi encontrada degolada, dentro de um campo de futebol no Cabanga, também na Zona Sul. A suspeita era de que a mulher tivesse sido estuprada antes de ser morta, porque ela estava sem roupas. Na época, a perita criminal Leila Gouveia falou sobre as dificuldades para descobrir como foi a dinâmica do crime. Veja o que ela disse:

Três pessoas estão sendo tratadas como suspeitas pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia não passou detalhes do crime para não atrapalhar as investigações, mas informou que testemunhas estão sendo ouvidas.

"A Polícia Civil de Pernambuco informa que o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte de uma mulher, ocorrida em 2013, no Recife. Ainda é prematuro afirmar a autoria. A Polícia Civil irá se pronunciar somente em momento oportuno, quando a divulgação das informações não colocar em risco as investigações", diz um trecho da nota da polícia.

A TV Jornal tentou contato com a defesa do comerciante, mas as ligações não foram atendidas. Edvan Luiz aguarda julgamento pela morte de Tássia Mirella Sena de Araújo, de 28 anos, no presídio de Igarassu.

Caso Mirella Sena

Edvan Luiz é único suspeito de assassinar a fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, de 28 anos, em abril deste ano. A jovem foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava na Rua Ribeiro de Brito. Ela estava despida e com um corte profundo no pescoço provocado por uma faca.

De acordo com a polícia, o crime foi de "cunho sexual" e feminicídio. Mirella Sena teve as roupas arrancadas pelo comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos, que era vizinho dela. "Por volta das 7h25, vizinhos ouviram gritos e pedidos de socorro, mobília sendo arrastadas e cômodos caindo", contou o delegado Francisco Océlio.

Nas investigações, a polícia concluiu que a vítima e o suspeito não tinham um relacionamento e mal se conheciam. Em depoimento, Edvan Luiz disse que tinha visto Mirella Sena cerca de duas vezes, mas que eles não mantiveram contato.

Pai de Edvan nega

Apesar dos indícios, o pai adotivo do comerciante Edvan Luiz da Silva, José Maurício Batista do Nascimento, 73 anos, nega as acusações e garante que estão tentando incriminar o filho. "Eu sei o filho que eu tenho. Ele é um bom menino, nunca me deu trabalho de nada. Nunca precisei chamar atenção dele. Quem quiser conhecer Edvan, vem aqui no bairro (de Brasília Teimosa) que todo mundo fala", defendeu.