Foi adiada mais uma vez, nessa terça-feira (26), a audiência de instrução de um líder evangélico suspeito de estuprar uma jovem, de 18 anos, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
Em frente ao fórum do município, mulheres, integrantes de grupos feministas e cristãos protestaram na esperança de a audiência acontecer. No entanto, todos a promotora Henriqueta Dibelle anunciou o adiamento do julgamento, por causa de uma estratégia dos advogados de defesa.
O caso
O estupro teria acontecido em dezembro de 2015, mas a vítima só denunciou em 2016, por medo de represálias. O pastor teria se aproveitado da aproximação com a família da vítima e do convívio comunitário para cometer o crime, depois de ouvir um boato de que a moça estava se afastando da igreja e se envolvendo afetivamente com outra menina.
O religioso, aproveitando um momento em que a jovem estava sozinha em casa, a procurou com o pretexto de mostrar os projetos da igreja para os jovens. Ele pediu para ir ao banheiro e saiu de lá nu, com um preservativo, em seguida, arrastou a jovem para o quarto e praticou o crime.
A vítima disse que resolveu ir a público após descobrir que outra garota havia sido abusada pelo mesmo agressor. O acusado respondia em liberdade até julho deste ano, quando ela e familiares receberam ameaças. O fato levou à prisão dele, no dia 17 de julho, mas poucos dias depois ele foi solto por meio de uma liminar.