Segurança

Especialistas alertam para os perigos na compra de brinquedos

TV Jornal
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Publicado em 03/10/2017 às 19:35

-Reprodução/TV Jornal

Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE) iniciou na última quinta feira (28) a Operação Criança Segura, que fiscalizou lojas de produtos infantis na Região Metropolitana e interior de Pernambuco. Atualmente, todo brinquedo comercializado no País, seja de origem nacional ou importado, precisa ser certificado quanto à segurança, visando evitar possíveis riscos aos usuários – neste caso as crianças.

"Testes como impacto, mordida e tração são realizados para verificar o surgimento de partes cortantes ou pontiagudas, que podem colocar em risco a saúde da criança. Se o brinquedo não é testado detalhadamente, pode se tornar um grande risco", chama a atenção Analista de Projetos de uma empresa global de segurança de produtos, Fernanda Cripa.

O processo conta com testes que consideram o tipo de brinquedo, a composição dos materiais, a intenção de uso, a forma de utilização pela criança e a faixa etária para a qual o brinquedo é indicado. "Os ensaios para o segmento de brinquedos são extremamente rígidos e diversificados. Avaliamos desde a resistência a impactos, o que pode gerar pequenas peças que a criança venha a ingerir, por exemplo, passando pelo nível de ruído até inflamabilidade", completa Cripa.

Peças pequenas, que podem ser engolidas, ou aquelas com pontas perigosas e bordas cortantes inspiram mais cuidados, mas é preciso estar atendo a brinquedos que chegam ao mercado e são aparentemente inofensivos, como o hand spinner, nova febre entre a garotada e também podem causar problemas por não serem certificados.

Vendido de forma irregular, sem o selo do INMETRO, o hand spinner não oferece nenhuma garantia de segurança. Embora, ainda não haja registro de acidentes no Brasil, há relatos de ocorridos em outros países, que já indicam o alto potencial de acidente do brinquedo, como engasgo com as bilhas que possibilitam a engrenagem girar, cortes na face e lesões nos olhos provocados pelo impacto. No Texas, houve relato de uma menina que engoliu uma peça metálica, que ficou presa na sua garganta. "Crianças na fase oral levam tudo à boca, portanto, todo cuidado é pouco na hora de oferecer um brinquedo a elas", diz Fernanda.

Dicas da especialistas:

- No caso de brinquedos, adquira apenas produtos com o selo do INMETRO.

- Verifique a faixa etária para a qual o brinquedo se destina indicada na embalagem – os produtos são avaliados considerando seu uso por crianças desta idade. Assim, seu manuseio por quem é mais novo ou mais velho pode causar riscos. Sempre siga a faixa etária para escolher o brinquedo adequado à idade da criança.

- Cuidado com brinquedos oferecidos no comércio informal, onde é grande o risco de falsificações – inclusive do selo do Inmetro.

- No caso de patins, patinetes e skates é importante adquirir os equipamentos de segurança recomendados (capacetes, joelheiras, cotoveleiras), além de evitar o seu uso em vias públicas o que pode ser perigoso à criança.

- No caso de eletrônicos, pesquise antes sua adequação para a faixa etária da criança.

- Boa parte dos problemas com eletrônicos ocorrem do manuseio inadequado de partes elétricas ou acidentes com baterias. Use sempre os cabos e carregadores originais do produto.

- É importante seguir corretamente as instruções do fabricante para carregamento de aparelho que contêm baterias, evitando sobrecargas (nunca deixar uma bateria carregando por tempo demais, por exemplo).

- Em todos os casos, leia sempre com atenção o manual de instruções do fabricante.

- Fique atento ao recall de brinquedos com problemas ou defeitos