Pacientes que precisam de atendimento na Emergência 24 horas da Fundação Altino Ventura (FAV) enfrentam transtornos neste final de semana. A unidade localizada na Rua da Soledade, no bairro da Boa Vista, no centro do Recife, está fechada por tempo indeterminado, depois que o prédio foi atingido por uma árvore centenária, que não resistiu aos fortes ventos da noite desse sábado (21) e caiu sob o teto do local. A unidade de saúde confirmou que já havia alertado a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) sobre os riscos da falta de manutenção da planta.
Única emergência oftalmológica pública de Pernambuco, a FAV realiza uma média de 660 atendimentos diariamente, que estão sendo interrompidos devido à queda. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, após a queda da árvore, bombeiros, técnicos da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e da Defesa Civil foram acionados para realizar o procedimento de remoção da planta.
A instituição explicou que, antes da queda, já havia acionado a PCR para resolver o problema. "Ciente desse risco, a administração da FAV vem, nos últimos meses, enviando ofícios à Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), nos quais solicita ao órgão, vinculado à Prefeitura do Recife, a podagem ou retirada da árvore", afirmou a FAV por meio de nota à imprensa. A instituição alertou ainda que uma outra árvore, plantada na Rua do Progresso, onde funciona um anexo da FAV, também corre o risco de cair "a qualquer momento".
Previsão
A direção da FAV aguarda o laudo da Defesa Civil para a retomada do funcionamento na unidade. O problema é que, segundo a Fundação, o órgão só pode concluir a perícia quando a Empresa de Manutenção Limpeza Urbana (Emlurb) remover a árvore do local, o que, até o início da tarde deste domingo (22), mais de 12h depois do registro da ocorrência, ainda não foi feito.
Alternativa
Para tentar diminuir os transtornos, a direção da FAV providenciou um sistema de triagem na unidade que fica na Rua do Progresso, número 120, também na Boa Vista, para atender os casos considerados mais urgentes. A Fundação afirmou que aguarda as providências.
O Jornal do Commercio tentou contato com a assessoria de imprensa da Emlurb, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve resposta.