ZONA OESTE DO RECIFE

Acusado de falsificar bebidas ofereceu R$ 10 mil de suborno a polícia

TV Jornal / JC Online
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Publicado em 24/05/2018 às 15:15

-Foto: Divulgação/ Polícia Civil

O homem detido por suspeita de falsificação de bebidas alcoólicas no bairro de Torrões, Zona Oeste do Recife, tentou subornar os policiais durante o flagrante, nessa quarta-feira (23). Segundo a Polícia Civil, durante coletiva nesta quinta-feira (24), ele ofereceu o valor de R$ 10 mil para que não fosse autuado.

O acusado, identificado como Edgercio de Souza Leite, de 54 anos, foi autuado por flagrante por corrupção ativa e falsificação de substância. Outros três homens também foram flagrados no local da produção das bebidas. Lá, foram encontrados 14 mil litros de álcool puro, açúcar, tampas, garrafas e rótulos.

Apreensões

Segundo a polícia, dentro do galpão também foram encontrados tanques de PVC que eram utilizados para a lavagem e produção do material. A delegada Beatriz Gibson, da Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (Decon), ficou surpresa com a situação insalubre dos tanques. “A lavagem foi o que mais escandalizou não só a polícia civil, como a Vigilância Sanitária. Era um tanque de PVC com água parada. Todo dia ele só botava cloro, não trocava a água”, comentou. A delegada ainda informou que o homem fornecia cerca de 150 caixas de bebida por semana, com uma média de R$5 mais barato que os produtos originais.

De acordo com ela, o homem ofereceu R$ 10 mil para os policiais para não ser preso e continuar exercendo a atividade ilícita. Ele pretendia oferecer R$ 5 mil na hora e o restante na próxima terça-feira (29).

A Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Deprim) também participou da ocorrência. Segundo o delegado Antônio Guerra, o material apreendido no local foi encaminhado para o Instituto de Criminalística (IC) para que seja feita uma análise e fique esclarecido é realmente uma de cachaça, que seria de um fornecedor de Vitória de Santo Antão, na Mata Norte, ou apenas álcool puro. A Vigilância Sanitária do Recife foi acionada e interditou o galpão.

Edgercio de Souza Leite foi encaminhado para audiência de custódia e posteriormente liberado mediante pagamento de fiança. A investigação continua para identificar quem são as pessoas que comercializavam os produtos.