Em Pernambuco, 300 mil pessoas ainda não têm o nome do pai no registro de nascimento. O dado foi divulgado pela Associação Pernambucana de Mães Solteiras. O número ainda é grande, mas a conquista já vem sendo vista aos poucos, já que mais de 50 mil reconhecimentos de paternidade foram realizados no Estado, desde 1991.
Para dar fim à angústia das pessoas que sofrem por não ter o nome do pai na Certidão de Nascimento, Pernambuco dispõe de um serviço gratuito de exame de DNA, para reconhecer a paternidade. Basta que a mãe procure a Defensoria Pública do Estado com os documentos pessoais e endereço do suposto pai.
Quando há o desejo de um pai reconhecer o filho, esse reconhecimento pode ser feito por meio da Justiça. Muitos pais procuram fazer isso por via amigável e de forma espontânea.
Pai de criação
Algumas vezes, a adoção é feita não pelo pai biológico, mas pelo pai afetivo, aquele que assumiu a criança como se fosse sua. Esse foi o caso do serralheiro Laurinésio Gomes, que se casou com a esposa quando ela já tinha uma filha. A convivência com a criança foi tão importante, que ela sempre o chamou de pai, até que ele resolveu registrá-la legalmente.
“Para a gente gostar de um filho ou uma filha, não precisa ser biológico, de sangue, porque eu tenho o maior amor por ela. Eu registrei uma vez, e faria de novo”, explica.
Serviço
A Associação Pernambucana de Mães Solteiras fica na Rua Santa Maria Goretti, número 257, no bairro do Vasco da Gama, Zona Norte do Recife.