Família

Cerca de 300 mil pernambucanos não têm registro de pai na certidão

TV Jornal
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Publicado em 16/08/2018 às 7:30

-Reprodução/TV Jornal

Em Pernambuco, 300 mil pessoas ainda não têm o nome do pai no registro de nascimento. O dado foi divulgado pela Associação Pernambucana de Mães Solteiras. O número ainda é grande, mas a conquista já vem sendo vista aos poucos, já que mais de 50 mil reconhecimentos de paternidade foram realizados no Estado, desde 1991.

Para dar fim à angústia das pessoas que sofrem por não ter o nome do pai na Certidão de Nascimento, Pernambuco dispõe de um serviço gratuito de exame de DNA, para reconhecer a paternidade. Basta que a mãe procure a Defensoria Pública do Estado com os documentos pessoais e endereço do suposto pai.

Quando há o desejo de um pai reconhecer o filho, esse reconhecimento pode ser feito por meio da Justiça. Muitos pais procuram fazer isso por via amigável e de forma espontânea.

Pai de criação

Algumas vezes, a adoção é feita não pelo pai biológico, mas pelo pai afetivo, aquele que assumiu a criança como se fosse sua. Esse foi o caso do serralheiro Laurinésio Gomes, que se casou com a esposa quando ela já tinha uma filha. A convivência com a criança foi tão importante, que ela sempre o chamou de pai, até que ele resolveu registrá-la legalmente.

“Para a gente gostar de um filho ou uma filha, não precisa ser biológico, de sangue, porque eu tenho o maior amor por ela. Eu registrei uma vez, e faria de novo”, explica.

Serviço

A Associação Pernambucana de Mães Solteiras fica na Rua Santa Maria Goretti, número 257, no bairro do Vasco da Gama, Zona Norte do Recife.