Pernambuco

Corpo de menina sequestrada pelo padrasto é liberado do IML

TV Jornal
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Publicado em 18/12/2018 às 18:00

-Reprodução/TV Jornal

Após exames sexológicos e de DNA, o corpo de Maria Irlaine Dantas da Silva, 10 anos, que havia sido sequestrada pelo padrasto na semana passada, foi liberado do Instituto de Medicina Legal, na área central do Recife. De acordo com o pedreiro João Pereira, pai de Maria Irlaine, o enterro da criança acontece no início da noite desta terça-feira (18) no Cemitério São João Batista, em Barra de Guabiraba, também na Mata Sul. Não deve haver velório.

A Polícia Cientifica de Pernambuco confirmou, nesta terça-feira (18), que exames sexológicos não constataram violência sexual contra a menina. Além disso, foi confirmado que o corpo encontrado nesse sábado (15) em Ribeirão, Mata Sul de Pernambuco, é mesmo da menina. A identidade foi confirmada através da comparação do DNA de Iraneide Lourdes Dantas de Oliveira, mãe da menina, e do material genético coletado no corpo, que estava em estado avançado de decomposição. Os detalhes do caso serão conhecidos com a conclusão do inquérito policial, conduzido pela Delegacia do Cabo de Santo Agostinho.

“O resultado do exame de DNA deu positivo e o corpo é de Maria Irlaine Dantas da Silva, de 10 anos”, informou a Polícia Civil em nota divulgada na tarde desta terça-feira (18).

O caso

Maria Irlaine Dantas da Silva foi sequestrada pelo padrasto, José Carlos da Silva, 41 anos, na segunda-feira (16), no bairro da Charnequinha, Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Segundo parentes da criança, José Carlos chegou a entrar em contato com a mãe da menina durante a semana. Na sexta-feira (14), ele foi encontrado morto, pendurado pelo pescoço em uma ponte na BR 101, em Ribeirão, Mata Sul de Pernambuco.

Um corpo de uma menina em estado avançado de decomposição foi encontrado coberto por folhas no sábado (15), por populares. Familiares reconheceram como sendo Maria Irlaine.

Ciúmes

Segundo a irmã da criança, José Carlos era um homem “calado” e “muito ciumento”. “Ele não deixava a mãe dela falar com amigas, vivia atrás dela, isso sufoca”, contou ao Jornal do Commercio. Em um acesso de ciúmes, o homem teria “avançado no pescoço” de Iraneide, que teria pedido a separação após a agressão.

“No começo do relacionamento deles, ele chegou a sumir com a menina, mas voltou no mesmo dia”, relatou Naedja. Na ocasião, em 2017, José Carlos teria levado a menina para passear em um shopping após ter brigado com a mãe da criança. “Mas ele trouxe ela de volta no mesmo dia”, afirmou a irmã.