Caso Serrambi

Caso Serrambi: relembre detalhes das investigações do assassinato

Relembre os principais detalhes do Caso Serrambi nesta cronologia das investigações

TV Jornal
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Publicado em 18/12/2018 às 19:35 | Atualizado em 04/10/2022 às 17:28
Adolescentes de classe média alta foram encontradas mortas em 2003. Ninguém foi condenado pelos crimes. Foto: Arquivo Pessoal
FOTO: Adolescentes de classe média alta foram encontradas mortas em 2003. Ninguém foi condenado pelos crimes. Foto: Arquivo Pessoal

Cercado por questionamentos da polícia, Justiça e da sociedade, o Caso Serrambi foi enterrado sem punição aos culpados pelo assassinato das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão.

O Ronda JC publicou em primeira mão que o processo transitou em julgado e não cabe mais recurso, ou seja, os irmãos kombeiros Marcelo José de Lira, 49, e Valfrido Lira da Silva, 50, absolvidos em júri popular, foram definitivamente inocentados.

Relembre, a seguir, os detalhes do caso:

03 DE MAIO DE 2003

As adolescentes saem de Serrambi, onde estavam hospedadas na casa de um amigo, para um passeio de lancha até Maracaípe. Os amigos que estavam na embarcação voltam e elas ficam na praia.

13 DE MAIO DE 2003

Após dez dias do desaparecimento, o pai de Tarsila, José Vieira, encontra os corpos das adolescentes num canavial em Camela, distrito de Ipojuca.

18 DE MAIO DE 2003

O Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil prende os irmãos Marcelo e Valfrido Lira.

16 DE JUNHO DE 2003

Os irmãos kombeiros são indiciados pelo crime.

20 DE JUNHO DE 2003

O então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, devolve o inquérito à polícia e alega que alguns pontos não haviam sido esclarecidos.

18 DE JULHO de 2003

A Polícia Civil entrega o inquérito com as novas diligências. Três dias depois, os kombeiros são liberados porque expira o prazo de prisão temporária.

19 DE AGOSTO DE 2003

A polícia descarta a possibilidade de corrupção de menores e uso de drogas na casa de praia onde as vítimas estavam.

13 DE DEZEMBRO DE 2004

A pedido do Ministério Público e da SDS, a Polícia Federal assume as investigações do duplo homicídio.

16 DE JUNHO DE 2005

A Polícia Federal conclui o inquérito e chega ao mesmo resultado da Civil. Os irmãos kombeiros são indiciados.

DEZEMBRO DE 2006

Após o promotor pedir novas diligências, a Polícia Federal conclui o caso novamente.

17 DE JANEIRO DE 2007

Miguel Sales devolve o inquérito mais uma vez. O caso volta para a Polícia Civil e dois novos delegados assumem as investigações.

02 DE JANEIRO DE 2008

A Procuradoria-Geral de Justiça designa dois promotores para analisarem o inquérito. Duas semanas depois, o MPPE oferece denúncia contra os kombeiros.

17 DE JANEIRO DE 2008

A polícia prende Marcelo. Valfrido foge, mas se entrega no outro dia. O promotor Miguel Sales é afastado do caso.

22 DE JANEIRO DE 2010

A Justiça marca a data do júri popular dos kombeiros.

04 DE SETEMBRO DE 2010

Após cinco dias de júri, os jurados decidem, por quatro votos a três, que os kombeiros são inocentes.

10 DE MARÇO DE 2015

A 1ª Câmara Criminal do TJPE nega recurso especial que pede a anulação do júri. Caso segue para o STJ.

10 DE AGOSTO DE 2018

O ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca, monocraticamente, nega o recurso especial que pede a anulação do júri

10 DE SETEMBRO DE 2018

A Quinta Turma do STJ, de forma colegiada, também nega o agravo instrumental