Saúde mental

Festas de fim de ano podem aflorar sentimento de saudade

TV Jornal
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Publicado em 23/12/2018 às 20:15

-Pixabay

As festas de Natal e Ano Novo, para muitos, afloram o sentimento de saudade e luto. Nesse sentido, resinificar o sentido da vida através do exercício da solidariedade para com o próximo, pode ser uma saída Segundo a psicóloga Mariana Simonetti, do Grupo Vila, essas datas são bem marcantes, pois dão a ideia de confraternização e de que as pessoas precisam estar juntas.

“Para as famílias que perderam recentemente um ente querido, é comum que a falta da pessoa fique mais evidente nesses momentos”, explica Simonetti. Por isso, o período acaba contribuindo para deixar a sensação de luto maior, porque a falta da pessoa que se foi fica ainda mais destacada.

A especialista explica ainda que o luto é um processo muito individual, sendo assim, nem sempre acontece da mesma forma para todos. “Mesmo que o luto se manifeste de diferentes formas em cada pessoa, é comum que as datas comemorativas atuem como gatilho para deixar o clima de melancolia por conta do significado que elas trazem”, sinaliza Mariana Simonetti.

De acordo com a psicóloga, em muitos casos, a morte de um companheiro ou amigo faz com que a pessoa tenha sua vida abalada, pois muitos planos costumavam considerar a participação do falecido. É nesse sentido que uma atividade voltada para o social pode ajudar essa vida a voltar aos eixos. “Na maioria dos casos, um trabalho social pode apontar um novo sentido para a vida da pessoa. Um novo encontro que proporciona renascimento”, revela a psicóloga Mariana Simonetti.

É preciso que a iniciativa venha da pessoa

“As pessoas que encaram a atividade de solidariedade muito mais como obrigação que como engajamento social e que não se interessam muito pela causa, podem inclusive ter seu processo de luto atrapalhado”, destaca a especialista. Sendo assim, é necessário que a iniciativa venha da própria pessoa, para que o trabalho social não se transforme em um transtorno.

Algumas pessoas, por exemplo, optam por uma atividade social que tenha a ver com a causa da morte de seu ente querido. “Às vezes, o motivo da perda funciona para impulsionar o enlutado a escolher essa ou outra atividade solidária. O que precisamos fazer, tanto no engajamento como na escolha da causa, é deixar a pessoa à vontade”, declara Mariana Simonetti. “Havendo abertura para isso, podemos dar uma sugestão de atividade, além de ficarmos abertos para ouvir a pessoa”, alerta a psicóloga.