VIOLÊNCIA

Padrasto suspeito de estuprar enteada é liberado em audiência

TV Jornal / JC Online
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Publicado em 09/01/2019 às 17:35

-Foto: Reprodução de vídeo/Divulgação/Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Civil apresentou detalhes da investigação que levou à prisão em flagrante de um homem suspeito de estuprar enteada de 13 anos em Paulista, no Grande Recife. Segundo o delegado responsável pelo caso, Ricardo Silveira, o suspeito acabou liberado em audiência de custódia. A denúncia de estupro surgiu depois de outra denúncia, de violência doméstica contra a mesma enteada e outros dois filhos do acusado, que é motorista de ônibus.

“A avó da enteada procurou a polícia. Ela ligou para a Polícia Militar alegando que o homem teria agredido a neta dela e os outros dois filhos dele”, contou Silveira. A mulher levou as crianças para a Delegacia de Paulista, onde registrou um Boletim de Ocorrência sobre as agressões físicas.

“A menina, que tem 13 anos, apresentava sinais externos de violência, assim como a filha do acusado”, explicou Silveira. A enteada, depois, relatou aos policiais que, além das agressões, vinha sofrendo estupros e abusos sexuais por parte do padrasto. “Ela contou que apanhou do acusado porque estava conversando com um menino no Whatsapp. O homem seria muito ciumento. Depois, falou sobre os abusos sexuais”, continuou o delegado.

A garota revelou que vinha sofrendo os estupros desde os 10 anos de idade. “Ela seria ameaçada pelo padrasto. Os abusos também seriam testemunhados pelos filhos do acusado”, pontuou Silveira. Os filhos do motorista de ônibus teriam visto a menina tomar banho junto com o suspeito, além de outras situações sexuais entre os dois.

Prisão em flagrante e liberação

O homem foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de estupro de vulnerável e lesão corporal qualificada por violência doméstica. “Porém, na audiência de custódia ele foi liberado”, lamentou o delegado.

A polícia entrou em contato com a promotoria, que pediu brevidade nas investigações do caso. “Estamos reunindo um conjunto robusto de provas para que a prisão preventiva possa ser decretada”, afirmou Silveira. A mãe da jovem também pode ser indiciada como cúmplice no crime de estupro de vulnerável.

“Tomamos o depoimento dela e ela disse desconhecer toda a situação, mas comparando com os depoimentos dos filhos do acusado e da vítima, as informações dela parecem ser inverídicas”, disse o delegado. A polícia não identificou nenhum indício de que os filhos do acusado também fossem abusados sexualmente.

As vítimas foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar do Paulista para instituições de apoio. “Eles já não moram mais com o acusado, apenas a mãe da menina de 13 ainda vive com ele”. Os adolescentes estão vivendo com parentes.