Algumas doenças como sarampo, poliomielite, difteria e rubéola já foram erradicadas no país, mas podem retornar a qualquer momento e o motivo para isso são as baixas coberturas de vacinas.
Cada vez que as pessoas deixam de tomar as vacinas necessárias, os vírus ganham mais espaço para se proliferar e afetar negativamente a população. Por isso, para prevenir um cenário de epidemia, a vacinação se mostra tão importante.
Mas segundo dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS), nos últimos dois anos não foi possível atingir a meta de ter 95% da população-alvo vacinada. Vacinas importantes como a tetra viral, que previne o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, teve o menor índice de cobertura, beirando os 70,69%.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Ana Catarina Melo, reforça a importância da vacinação para a saúde das pessoas. “A vacina, para doenças que podem ser prevenidas, é a medida mais eficaz que nós temos para combater as doenças. Se você tem essa medida disponível dentro dos serviços de saúde é muito importante realizar essa vacinação”, afirmou.
Segundo o Ministério da Saúde, anualmente são aplicados cerca de 300 milhões de doses de 25 diferentes tipos de vacinas, em 36 mil postos de saúde espalhados por todo o Brasil.
Entretanto, a ampliação de movimentos antivacina, ganham cada vez mais espaço, o que vêm preocupando as organizações de saúde do mundo todo. Ana Catarina não vê com bons olhos essas mobilizações em Pernambuco. “Esse é um movimento irresponsável que são falsas notícias criadas sobre a vacina. Dizendo que a vacina pode causar outra doença ou trazer uma reação adversa. As vacinas são seguras e eficazes e é melhor garantir uma imunização sobre a doença”, completou.
Preocupação
A situação é tão preocupante que recentemente o Movimento Antivacinação foi incluído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório como os dez maiores riscos da saúde global. De acordo com a organização, os movimentos antivacina são tão perigosos quanto os vírus, porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate à doença pela vacinação.