De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), subiu para 53 o número de Municípios atingidos pelo petróleo que vem poluindo as praias nordestinas. Desde o dia 2 de setembro uma investigação do Ibama com apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, indica que o petróleo encontrado nas praias é o mesmo, e a origem não é do Brasil. Segundo o balanço mais recente, já são 112 localidades em oito estados afetadas pela mancha. Apenas na Bahia ainda não houve registro do problema.
De acordo com a investigação do instituto, o petróleo que está poluindo todas as praias é o mesmo. Trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo, como gasolina.
Origem desconhecida
No entanto, sua origem ainda não foi identificada. Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil.
Mesmo sendo de origem estrangeira, os responsáveis estão sujeitos a multas de até R$ 50 milhões, em conformidade com a Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605/1988.
O Ibama informou que requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. Nos próximos dias, a empresa disponibilizará um contingente de cerca de 100 pessoas.
Veja os locais atingidos em Pernambuco
- Praia de Gamboa, Porto de Galinha e Nossa Senhora do Ó- Ipojuca
- Praia Del Chifre- Olinda
- Praia de Carneiros e Praia de Tamandaré- Tamandaré
- Praia de Boa Viagem- Boa Viagem
- Praia de Candeias e praia de Piedade- Jaboatão dos Guararapes
- Praia do Paiva e Ilha Cocaiva- Cabo de Santo Agostinho
- Praia de Catuama e Ponta de Pedras- Goiana
- Praia da Conceição e Pau Amarelo- Paulista
- Praia do Forte Orange- Itamaracá
Denuncie o fato
O instituto orienta as pessoas que identificarem manchas de óleo em alguma praia a entrar em contato com a prefeitura do local e com o instituto por meio da Linha Verde, no número 0800618080.
Prejuízos ambientais
Até o momento, o petróleo foi encontrado em nove tartarugas, seis delas mortas, e em uma ave, também morta. Segundo o Ibama, não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos, mas a avaliação da qualidade do pescado capturado nas áreas afetadas para fins de consumo humano é competência do órgão de vigilância sanitária.