Tristeza

Pernambucana que morreu na Bolívia é sepultada, em Caruaru

A estudante cursava medicina e tinha o sonho de ser médica

Com informações do NE10 Interior
Com informações do NE10 Interior
Publicado em 29/10/2019 às 14:49
Reprodução/TV Jornal interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal interior

O corpo de Luciana Vieira, de 32 anos, a estudante que medicina que morava na Bolívia e faleceu no dia 20 de outubro, em decorrência de complicações de um tumor no cérebro foi velado e sepultado no cemitério Parque dos Arcos, em Caruaru, no Agreste do estado, durante a manhã desta terça-feira (29). Ela foi diagnosticada com hidrocefalia e precisou passar por cirurgia de emergência, porém sofreu um ataque cardíaco e não resistiu.

Desabafo do marido

Muitos amigos e parentes vieram prestar as últimas homenagens para a pernambucana. Dentre eles, o marido dela, que conversou com a Rádio Jornal Caruaru e contou que a descoberta da doença os pegou de surpresa. "Ela estava fazendo o que mais gostava, que era estudar medicina. Ela entrou em uma crise de enxaqueca e nós a levamos ao hospital. Quando ela estava sendo medicada, na metade do processo, teve uma parada respiratória e nós descobrimos que ela tinha esse tumor. Foi tudo muito rápido", explica.

Ele ainda relembra o que mais admirava na esposa e diz que lembrará dos bons momentos que passaram juntos: "É um momento muito difícil, mas não quero lembrar dela nesse caixão. Quero lembrar da mulher guerreira que ela foi, que não mediu esforços para sair do seu país para realizar seu sonho, da mãe maravilhosa que foi, a esposa exemplar. Se eu pudesse fazer melhor, eu teria feito. Foram oito anos de casados".

Dificuldades financeiras

Inicialmente, a dificuldade da família era arrecadar o valor de R$ 12 mil (USD 3 mil) para fazer o traslado do corpo de Luciana. Porém, mesmo após conseguir o dinheiro, ainda estavam tendo dificuldades para fazer o transporte. O motivo da demora foi o impasse político enfrentado pela Bolívia com a reeleição do presidente Evo Morales, que gerou uma onda de protestos. Vários órgãos estão em greve e por isto o corpo da estudante demorou a ser liberado.

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