Investimento

Banco Europeu irá investir R$ 1,37 milhão em Parque Capibaribe no Recife

O projeto recifense foi um dos cinco escolhidos entre mais de 140 trabalhos de todo o mundo para receber o financiamento do banco

Divulgação/PCR
FOTO: Divulgação/PCR

O Banco Europeu de Investimentos (BEI) vai oferecer apoio técnico e financeiro ao projeto Parque Capibaribe, da Prefeitura do Recife. O projeto recifense foi um dos cinco escolhidos entre mais de 140 trabalhos de todo o mundo para receber um financiamento de 300 mil euros, cerca de R$ 1,37 milhão, que faz parte do Desafio das Cidades para o Clima Global (GCCC). O dinheiro será destino à realização de projetos dentro do Parque Capibaribe.

O projeto, apresentado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) na Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP25), que aconteceu em Madri, focou na reabilitação e expansão do parque urbano, com o objetivo de melhorar a mobilidade sustentável, reduzir o risco de inundações e o impacto das ondas de calor, além de contribuir para a redução de emissão de carbono.

Os projetos escolhidos pelo GCCC se concentram em ações críticas sobre o clima urbano, incluindo a melhoria da gestão de resíduos, a redução da poluição dos rios e dos oceanos, o transporte urbano sustentável, o esverdeamento de espaços urbanos e o aumento da resiliência urbana aos efeitos das mudanças climáticas.

Projeto

Parque Capibaribe é um projeto de 30 quilômetros de extensão ligando a Várzea à Boa Vista cortando 21 bairros do Recife. A proposta original, desenvolvida por técnicos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), prevê a construção de 12 passarelas ligando as duas margens do rio, a instalação de mirantes para dar acesso ao curso d’água e a disposição de alamedas e ruas-parque ladeando o Capibaribe.

O Parque Capibaribe é o ponto de partida para que o Recife se torne uma Cidade-Parque em 2037, quando o município comemora 500 anos.

A primeira etapa do parque, o Jardim do Baobá, foi entregue em 2016. Também já foi concluída a revitali

Via-parque

A obra de implantação da via-parque das Graças, na Zona Norte do Recife, está novamente paralisada. Moradores da área informam que o serviço vinha sendo realizado a passos lentos e foi suspenso há cerca de 30 dias. A via-parque prevê a ocupação de um trecho de 950 metros de extensão de margem do Rio Capibaribe, entre as Pontes da Torre e da Capunga, com píer, brinquedos infantis, espaço para cães, pergolado com espreguiçadeira, área coberta com mesas e bancos, mirante e faixa para carro compartilhada com bicicleta.

Iniciada em junho de 2017, a intervenção ribeirinha corresponde a mais uma etapa do projeto Parque Capibaribe. O prazo para execução seria de 18 meses, mas pouco tempo depois de começar a fazer a obra, o consórcio vencedor da licitação desistiu do contrato. Somente em março de 2019, com a escolha de outra empresa, a construção foi retomada e a expectativa da Prefeitura do Recife seria entregar a nova área de lazer da cidade em setembro de 2020.

De acordo com a Autarquia de Urbanização do Recife (Urb), foram abertas duas frentes de trabalho da via-parque nesses sete meses. A primeira, entre as Ruas Medeiros de Albuquerque e Manoel de Almeida, recebeu ações de drenagem, assentamento de piso intertravado e colocação de estacas. Na segunda área, entre a Rua das Pernambucanas e a Ponte da Capunga, a firma contratada conseguiu fazer drenagem e aplicação de piso intertravado.

“Desde o início dos serviços foi detectado um não cumprimento dos prazos por parte da empresa, que vem atuando em ritmo muito aquém do previsto em contrato”, informa a Urb, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa. Procurada durante dois dias (segunda, 25, e terça-feira, 26), a autarquia optou por não indicar um técnico para explicar o problema.

Na mesma nota, a assessoria de imprensa acrescenta que “a Urb enviou duas notificações extrajudiciais para a construtora responsável, solicitando a retomada do cronograma de obra” e que “a autarquia está abrindo um processo administrativo com objetivo de apurar o descumprimento do contrato.” O orçamento inicial da via-parque das Graças, de R$ 26.574.446,75 em 2017, precisou ser atualizado e chegou a R$ 32.383.232,15 este ano. Os recursos são do governo federal.

Com a verba, a prefeitura pretende construir um mirante no fim da Rua Dom Sebastião Leme, fazer o espaço para cachorros (parcão) nas imediações da Rua Oswaldo Salsa, colocar o pergolado com espreguiçadeira próximo da Ponte da Torre e instalar outra área coberta com mesas e bancos para o lazer perto da Ponte da Capunga.

Também abrirá faixa única de 4,5 metros para carro compartilhada com bicicleta, da Ponte da Capunga até a Rua Dom Sebastião Leme e da Rua Manuel de Almeida até a Ponte da Torre. A via-parque não terá trajeto contínuo e a velocidade dos veículos não poderá ultrapassar 30 quilômetros. Estão previstos dois píeres com capacidade para pequenas embarcações.