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Bolsonaro suspende proposta de dar desconto na conta de luz para igrejas

A medida proposta pelo presidente gerou polêmicas nas redes sociais

ISABEL CRISTINA ARAUJO DO NASCIMENTO
ISABEL CRISTINA ARAUJO DO NASCIMENTO
Publicado em 15/01/2020 às 15:42
Antonio Cruz/ Agência Brasil
FOTO: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta quarta-feira (15), no Palácio do Planalto, com o líder da bancada evangélica, deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM), e com o missionário R.R.Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, para tratar sobre a proposta de subsídio que daria nas contas de luz dos templos religiosos. Após ter causado polêmica com essa ideia, ele informou que está suspensa a negociação em torno da concessão.

No encontro, ele explicou as dificuldades de implementar a iniciativa, em especial a resistência da equipe econômica. Na sequência, o presidente teve uma reunião no Ministério de Minas e Energia que, desde a semana passada, avaliava o assunto.

"Tem um impacto mínimo na ponta da linha, mas a política da economia é de não ter mais subsídios. Falei com eles que está suspensa qualquer negociação nesse sentido", disse o presidente.

Negociação

O argumento da bancada evangélica é de que as cerimônias religiosas são realizadas à noite, em horário de pico no consumo de energia, e, por isso, merecem um subsídio para que não paguem bandeira vermelha. A possibilidade, contudo, foi bastante criticada por eleitores do presidente nas redes sociais. Na terça-feira (14), Bolsonaro chegou a reclamar que estava levando "pancada" e que não havia tomado decisão sobre o assunto.

"Não tem [mais] negociação nesse sentido. Essa é uma decisão minha, é um decreto meu. Logicamente, peço pareceres da Economia e da Minas e Energia", afirmou. "Está suspensa qualquer negociação nesse sentido", acrescentou.