COVID-19

Coronavírus: passageiros devem desembarcar de cruzeiro até domingo

O cruzeiro está atracado no Porto do Recife. Um caso do novo coronavírus foi confirmado no navio. Entenda como será o desembarque

Agência Brasil
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Publicado em 21/03/2020 às 8:35
Tião Siqueira/JC Imagem
FOTO: Tião Siqueira/JC Imagem

Passageiros a bordo de um cruzeiro atracado no Porto do Recife foram autorizados a desembarcar a partir desta sexta-feira (20), após mais de uma semana de isolamento devido a um caso do novo coronavírus no navio, informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Como será a retirada

A retirada das 605 pessoas do navio Silver Shadow, entre passageiros e tripulantes, vai ocorrer em cinco grupos, organizados conforme suas nacionalidades e os respectivos voos de retorno para seus países de origem.

“Os primeiros grupos a desembarcar serão dos passageiros com destino a Austrália, Londres e Europa”, disse a agência em comunicado, indicando que a operação deve ser concluída até domingo (22).

O deslocamento será realizado em voos providenciados pela Royal Caribbean, empresa controladora da Silversea Cruise, responsável pelo navio de bandeira de Bahamas atracado no Recife.

Entre as pessoas a bordo do cruzeiro, estão três brasileiros e dois uruguaios, que serão transportados em voo charter, também fretado pela operadora. No total, as 605 pessoas que estão no navio são de 18 nacionalidades.

Passageiro com teste positivo

A embarcação está em isolamento desde a quinta-feira (12) da semana passada, quando um canadense de 78 anos apresentou febre, tosse e dificuldade de respirar, enquadrando-se como caso suspeito de Covid-19. O passageiro foi encaminhado para um hospital particular na capital pernambucana e posteriormente testou positivo para o vírus.

Outro caso suspeito foi descartado e, segundo a Anvisa, não houve novas ocorrências durante o período de isolamento.

“A Anvisa está realizando inspeção a bordo para verificar todas as condições de saúde dos passageiros antes do desembarque”, informou a agência, acrescentando que órgãos de saúde e segurança pública locais e federais foram mobilizados de forma conjunta para a operação, de modo a também manter a segurança dos moradores do Recife e da comunidade no entorno.

O novo coronavírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan em novembro de 2019, já matou cerca de 8 mil pessoas ao redor do mundo. Até ontem (19), o Brasil havia registrado ao menos 621 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde, e sete mortes.

Casos em Pernambuco

Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou que o número de casos confirmados de coronavírus em Pernambuco subiu de 28 para 31. No Estado, já foi confirmado a transmissão comunitária, ou seja, ou seja, não foi possível identificar o transmissor da Covid-19.

COVID-19 no Brasil

O número de mortes em decorrência da Covid-19 subiu de seis para 11 entre quinta (19) e sexta-feira (20), conforme atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. Deste total, nove foram identificadas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.

Os casos confirmados da doença saíram de 621 para 904 de ontem para hoje. São Paulo acumula 396 casos, seguido por Rio de Janeiro (109), Distrito Federal (87), Ceará (55), Rio Grande do Sul (37) e Minas Gerais (35).

Além desses estados, foram mapeados casos na Bahia (33), Paraná (32), Pernambuco (30), Santa Catarina (21), Goiás (15), Espírito Santo (13), Mato Grosso do Sul (nove), Acre (sete), Sergipe (seis), Alagoas (cinco), Piauí e Amazonas (três em cada), Pará (dois) e Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Paraíba, Amapá, Tocantins, Rondônia (um em cada). Apenas Roraima não apresenta casos confirmados.

Veja dicas de prevenção contra o coronavírus

* Higienize as mãos

Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel.

Por quê? Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus que podem estar presentes em lugares de uso comum.

* Mantenha distância social

Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes.

Por quê? A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter vírus. Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato essas gotículas aumenta.

* Evite tocar os olhos, o nariz e a boca

Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação

Por quê? As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de ficar doente.

* Pratique higiene respiratória

Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.

Por quê? Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.

* Em caso de febre ou dificuldade respiratória, busque ajuda médica rapidamente

Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.

Por quê? Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.

* Uso de máscaras

Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras

Por quê? Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.

* Fique bem informado e siga os procedimentos do Ministério da Saúde

Por quê? Autoridades nacionais e locais têm a informação mais atualizada sobre a situação de saúde na sua área. Tomar atitudes preventivamente ajuda o sistema de saúde a distribuir e compreender de maneira ágil a disseminação de qualquer doença.

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