Balanço

Coronavírus: Brasil tem mais de mil novos casos e 105 mortes em 24h

Confira a distribuição dos casos e o perfil das vítimas

Agência Brasil
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Publicado em 14/04/2020 às 7:30
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O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) subiu para 1.328, um acréscimo de 105 óbitos nas últimas 24 horas. A nova totalização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nessa segunda-feira (13). O resultado marca um aumento de 9% em relação ao domingo.

São Paulo concentra o maior número de casos (8.895) e de mortes (608), com mais da metade do total contabilizado na atualização. Em seguida, os estados com os maiores números de mortes são Rio de Janeiro (188), Pernambuco (102), Ceará (91) e Amazonas (71).

Além disso, foram registradas mortes no Paraná (31), Maranhão (27), Santa Catarina (24), Minas Gerais (23), Bahia (22), Rio Grande do Norte (17), Rio Grande do Sul (16), Distrito Federal (15), Pará (15), Espírito Santo (14), Goiás (15), Paraíba (13), Piauí (8), Amapá (5), Sergipe (4), Mato Grosso do Sul (4), Mato Grosso (4), Alagoas (3), Acre (3), e Roraima (3) Rondônia (2). Tocantins é o único estado onde ainda não houve morte.

Já o número de casos no país somou 23.430. O número representa um crescimento de 6% em relação a ontem, quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 22.169. A taxa de letalidade do país ficou em 5,7%.

Perfil

Sobre o perfil das vítimas, 58,9% eram homens e 41,1%, mulheres. Do total, 74% tinham acima de 60 anos e 75% apresentavam algum fator de risco, como cardiopatia, pneumopatia, diabetes e doenças neurológicas.

Já os casos confirmados nas últimas 24 horas totalizaram 1.261, menos do que ontem, quando foram 1.442. O resultado é também menor do que os registrados na última semana, quando chegaram a ser agregados às estatísticas 2.210 novos casos na quarta-feira (8).

No coeficiente de incidência (número de casos por 1 milhão de habitantes), Amazonas lidera (303), seguido por Amapá (281), Distrito Federal (209), Ceará (196), São Paulo (192) e Rio de Janeiro (186). Todas essas unidades da Federação estão mais de 50% acima da média nacional (111), na categoria de “emergência” de acordo com a escala do Ministério da Saúde.

As capitais com maior incidência são Fortaleza (573), São Paulo (518), Manaus e entorno (482), Macapá (391) e Florianópolis (345). Na consideração por área de saúde, ganha destaque também a área central, no Amapá, com índice de 348, além de Rio Negro e Solimões, no Amazonas, com 305.

As hospitalizações por covid-19 totalizaram 4.926. No entanto, ainda há 31.605 pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em investigação, dependendo de testes para averiguar se são casos de infecção pelo novo coronavírus.

Isolamento

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, representantes do Ministério da Saúde abordaram o início da vigência das novas recomendações sobre isolamento, que preveem a possibilidade de migrar da modalidade ampliada para uma outra, denominada seletiva, se a cidade ou o estado não tiver alta incidência de casos e garantir pelo menos metade dos leitos e equipamentos de que dispõem desocupados.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira, voltou a dizer que a decisão é dos prefeitos e governadores, com as orientações servindo como parâmetro. “Nós não entramos na decisão das cidades. Cada dia o gestor vai modulando sua realidade. O importante é que a decisão tome em consideração o leito, o equipamento e os respiradores”, declarou Oliveira.

Insumos

O secretário executivo do órgão, João Gabbardo dos Reis, informou que um novo contrato foi firmado para aquisição de mais 1,5 mil respiradores (equipamento fundamental para uso nos leitos de UTI em pacientes com síndromes respiratória, como a covid-19). Ele também informou que, de 540 respiradores alugados, 340 já foram encaminhados aos estados.

Segundo Gabbardo, até o momento os investimentos para o combate à pandemia já totalizaram R$ 12 bilhões. Destes, R$ 5 bilhões foram repassados a todos os municípios, de acordo com o parâmetro adotado para envio de verbas para atenção primária, de média e alta complexidade.

O secretário executivo relatou reclamações de prefeitos de cidades com maior número de casos, que esperavam receber mais recursos. Mas justificou que é importante aparelhar todos os municípios. “Nossa intenção foi repassar para todos para que, mesmo não tendo gasto, possam estar com a situação financeira equilibrada e façam aquisição de insumos. A gente sabe que é questão de tempo. Quem não tem agora pode ter daqui a pouco”, afirmou.

O gestor mencionou entre as ajudas a administrações municipais o apoio a Manaus, região com alto índice de incidência. A capital amazonense vai ser a primeira a receber a ajuda do programa de envio de profissionais de saúde batizado de Brasil Conta Comigo. As equipes de reforço devem chegar nesta semana.

Tratamento

O secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Denizar Vianna, voltou a falar que não existem evidências suficientes sobre a hidroxicloroquina, cuja adoção é recomendada em casos de média e alta gravidade: “Ainda não há estudos definitivos. Nos casos graves e críticos, quando se pesam riscos e benefícios, no uso compassivo podemos usar”.

Ele chamou a atenção para o fato de novos tratamentos estarem em avaliação por pesquisadores, como é o caso de transfusão do plasma de pessoas que se curaram da covid em infectados. Quando indivíduo tem infecção e se cura disso, o sistema de defesa dele gera anticorpos. “Qual é a ideia da transfusão do plasma? Oferecer uma imunidade passiva, colocar anticorpos. Começamos força-tarefa no Brasil que está tentando dar resposta a isso. Em 30 dias vamos ter respostas preliminares para que possamos utilizar isso de forma segura para pacientes”, comentou.

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Covid-19 no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou, na tarde desse domingo (12), os números atualizados do novo coronavírus. De acordo com a pasta, o número de infectados, no momento, é de 22.169. Isso representa um aumento de 1.442 casos em relação ao balanço divulgado neste sábado (11). Além disso, o número de mortes chegou a 1.223. A taxa de letalidade do vírus vem crescendo no Brasil. Chegou a 5,5%.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada: