COVID-19

Coronavírus: "Agreste está puxando a taxa de transmissão para cima", diz Longo

Para o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, a curva epidêmica do coronavírus no Agreste contrubui com a elevação desse indicador

YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
FOTO: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM

Com informações da repórter Cinthya Leite, da coluna Saúde e Bem Estar do Jornal do Commercio, a taxa de contágio do coronavírus em Pernambuco voltou a ser superior a 1, segundo levantamentos distintos feitos pelo Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco; pela Escola de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Londres; e pelo grupo Covid-19 Analytics, da Pontifícia Universidade Católica do Rio.

O índice se manteve em 0.9 no estado por cerca de 20 dias seguidos. Para o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, a curva epidêmica da doença no Agreste contrubui com a elevação desse indicador.

“Claramente o Agreste está puxando a taxa de transmissão do Estado para cima, enquanto a Região Metropolitana do Recife tem um índice ainda fruto do processo de isolamento”, frisou Longo, em entrevista coletiva transmitida pela internet nesta segunda-feira (22).

O secretário afirmou também que novas medidas sobre os próximos passos em relação ao coronavírus no Agreste serão anunciadas nesta terça-feira (23). “Nosso grande esforço tem que ser para reduzir o número de doentes graves, que, quando chega à UTI (unidade de terapia intensiva), tem mortalidade alta. Para isso, precisamos reduzir a transmissão da doença. Infelizmente temos visto o funcionamento de áreas do comércio que não eram para estar em atividade. Há uma preocupação com o funcionamento desordenado da Feira da Sulanca (em Caruaru). Precisamos, enquanto Estado, adotar medidas junto com o município”, acrescentou.

Números em Pernambuco

Desde o início da pandemia, Pernambuco soma 52.494 casos da covid-19. Desse número, 35.462 pacientes já se recuperaram da doença. Só nesta segunda-feira (22), outros 381 casos foram registrados, com mais 18 novas mortes. De acordo com o boletim, esses óbitos aconteceram entre os dias 8 de maio e 21 de junho. Os pacientes tinham idades entre 45 e 85 anos. O total de mortes em decorrência da covid-19 no estado é de 4.252.

Na coletiva, André Longo disse que não se pode pegar apenas o número de 18 óbitos como referência, mas é fato que existe uma redução de mortes no estado.