julgamento

Caso Miguel: Se condenada, Sarí Corte Real pode pegar 4 a 12 anos de prisão

Resultado do inquérito foi divulgado pelo delegado Ramon Teixeira, responsável pelas investigações do ‘Caso Miguel’

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 01/07/2020 às 17:09
Yaci Ribeiro/ JC Imagem
FOTO: Yaci Ribeiro/ JC Imagem

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, nesta quarta-feira (02), o resultado do inquérito da morte de Miguel Otávio Santana da Silva e indiciou Sarí Corte Real por abandono de incapaz pela queda do menino de cinco anos do 9º andar de um condomínio de luxo, o bairro de Santo Antônio, área central do Recife. Caso seja condenada pela Justiça, Sarí pode pegar de 4 a 12 anos de reclusão.

Os detalhes do inquérito foram apresentados em entrevista coletiva online, comandada pelo delegado Ramon Teixeira, responsável pelas investigações. "A conduta de permitir o fechamento da porta, claramente intencional, conduziu a criança à área de insegurança, diante dos vários riscos existentes no edifício. Com essa ação, diversas poderiam ser as formas de encontrar o resultado morte indesejável, mas previsível", afirmou.

>>Polêmica, tumulto e espera da mãe de Miguel: tudo o que aconteceu durante depoimento de Sarí no Recife

Após a polêmica de possível privilégio para Sarí Corte Real no 'Caso Miguel', ao abrir a delegacia antes do expediente para o depoimento antes do início, o delegado afirmou que sempre de forma isenta. Além disso, ele negou a possibilidade do homicídio doloso e do dolo eventual.

‘’A gente sempre sempre zelou pela transparência, porque a sociedade merece e precisa de respostas para o que aconteceu. Desde o primeiro momento agimos com zelo, exclusivamente pautado pela técnica", disse.

Relembre o caso

O menino Miguel Otávio Santana da Silva caiu do 9º andar do condomínio Píer Maurício de Nassau, também conhecido como Torres Gêmeas, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife. Ele era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). O fato aconteceu no dia 2 de junho, quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.