Balanço

Brasil tem 104 mil mortes e 3,16 milhões de casos de covid-19

O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de mortes e de casos de covid-19

Agência Brasil
Agência Brasil
Publicado em 13/08/2020 às 12:15
PixaBay
FOTO: PixaBay

O Brasil chegou a 104.201 mortes em função da pandemia do novo coronavírus. Os dados foram divulgados na entrevista coletiva de apresentação do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde nessa quarta-feira (12). Na terça (11), o painel trazia 103.026. Ainda há 3.454 óbitos em investigação.

Já os casos acumulados somaram 3.164.785. Há 715.107 casos em acompanhamento. Na terça, o sistema do Ministério da Saúde marcava 3.109.630 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Até o momento, 2.309.477 pessoas se recuperaram da doença.

>> Rússia registra 1ª vacina contra coronavírus; Filha do presidente Putin já foi vacinada

>> Recife é a 2º capital do Nordeste com maior taxa de mortalidade devido ao coronavírus

>> Teste positivo para coronavírus em quem já teve a doença leva cientistas a investigarem se é possível reinfecção

>> Covid-19: secretário de Saúde de Pernambuco prega cautela em possível acordo com Rússia para fabricação de vacina

Estados

Os estados com mais mortes por covid-19 são: São Paulo (25.869), Rio de Janeiro (14.295), Ceará (8.052) e Pará (5.909). As Unidades da Federação com menos óbitos são: Tocantins (482), Roraima (555), Mato Grosso do Sul (558), Acre (569) e Amapá (606).

>> Imunidade contra o coronavírus? Vacina da Rússia pronta? Médica faz alertas

>> Covid-19 põe em risco anos de progresso em saúde nas Américas, diz OMS

>> OMS: Índice de jovens com coronavírus triplica em 5 meses no mundo

>> Nova síndrome em crianças associada ao coronavírus é monitorada; entenda a doença

Ranking

O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de mortes e de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, que teve 4.941.796 pessoas infectadas e 161.356 óbitos até o momento.

Quando considerada a população, o Brasil ficou em 8º na incidência (casos por 1 milhão de habitantes) e em 9º na mortalidade (falecimentos pela covid-19 por 1 milhão de habitantes). O país subiu nos dois quesitos nas últimas semanas, quando estava na 10ª posição nas duas listas.

Já quando considerados os casos de países na última semana epidemiológica (referência utilizada por autoridades de saúde para medir a evolução o fenômeno), com dados até o dia 8 de agosto, o Brasil (304.535 casos) ficou atrás dos Estados Unidos (379.759) e da Índia (392.623).

A curva de casos novos da 32ª semana epidemiológica (SE) oscilou 3% para baixo em comparação com a semana anterior. Na comparação das médias diárias, na 32ª SE o índice foi de 43.505, enquanto na SE 31ª ele estava em 44.766.

A curva das mortes por covid-19 oscilou no mesmo patamar (3% para baixo), totalizando 6.914 novos registros. Na análise das médias diárias de óbitos, foram 988 na 32ª semana epidemiológica contra 1.016 na anterior.

>> Coronavírus: Mulheres são mais afetadas por crise econômica na pandemia

>> Coronavírus: Procape fecha enfermaria e UTI pediátrica por causa de funcionários doentes

>> Coronavírus: Araripina e Ouricuri retrocedem no Plano de Convivência e entram em isolamento social rígido

>> Sem água ou saneamento, moradores de palafitas do Recife têm maior risco de contágio pelo coronavírus

Na avaliação do secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Brasil encontra-se em uma estabilização das duas curvas. “Temos considerado um intervalo de confiança de até 5%. Quando há este patamar afirmamos que há uma estabilização. O número de casos está dentro do limite de confiança, mas para baixo”, explicou.

No caso dos falecimentos, ele argumentou que a equipe do Ministério vê uma tendência de queda, embora ainda em platô. O Brasil está na casa da média de cerca de mil mortes desde o fim de junho.

Pelo mapa da situação da epidemia no país, doze estados estão estabilizados, nove apresentam redução e oito mostram aumento de casos da covid-19.

O incremento, antes concentrado no Sul e no Centro-Oeste, voltou a ficar mais distribuído, incluindo estados do Norte, região que sofreu mais no início da pandemia.

Já quando consideradas as mortes, houve elevação de números em oito estados e diminuição em 12, com outros sete em situação de estabilização. Também neste caso, o foco deixou de ser o Sul o Centro-Oeste (com exceção do Mato Grosso do Sul), com aumento de mortes em estados do Norte e Nordeste.

>> Médicos contratados para combate ao coronavírus no Recife denunciam atraso nos salários

>> Coronavírus: 5 meses após 1° registro, secretário considera que "situação ainda é preocupante"

>> Coronavírus: campanha é lançada para valorizar profissionais de saúde

>> Hormônio do exercício pode modular genes relacionados ao coronavírus

Abrangência

A epidemia praticamente já atinge todo o país, com casos registrados em 5.485 municípios, o equivalente a 98,5%. Já as mortes foram notificadas em 3.785 cidades, o correspondente a 68%. Também vem sendo reforçada a interiorização da epidemia, com 60% dos casos novos no interior e 40% em regiões metropolitanas. Já no quesito novos óbitos, os percentuais estão quase igualados (51% em regiões metropolitanas contra 49% no interior).

>> Coronavírus: Pernambuco regulamenta lei que torna obrigatório o uso de máscaras

>> Infectologista explica que transporte público pode ser vetor importante na propagação do coronavírus

>> Covid-19: Vacina do Instituto Butantan deve estar disponível em janeiro

>> Coronavírus: Propostas regulam distribuição de vacina produzida pela Fiocruz

>> Vacina contra coronavírus só a partir de 2021, informa Fiocruz

>> Projeto prevê quem serão os primeiros vacinados contra a covid-19

SRAG

As hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) totalizou 548.353 desde o início da pandemia. Destas, 278.714 (50,8%) por covid-19. Ainda há 85.435 (15.6%) cujas causas estão em investigação.

Quanto ao perfil das internações por SRAG, 51,1% tinham acima de 60 anos, 57% eram homens e 43% eram mulheres. No recorte por cor e raça, 32,3% eram pardos, 31,1% brancos, 4,7% pretos, 1% amarelo, 0,3% indígenas e 30,6% não informaram.

Já nas mortes por SRAG, 72,5% eram idosos, 58% eram homens e 42% mulheres. Na distribuição por cor e raça, os índices aumentam para pardos (35,8%), pretos (5,2%) e não declarados (28,9%), oscilam para amarelos (1,1%) e indígenas (0,4%) e diminuem para brancos (28,7%).

Testes

Até o momento, foram distribuídas 5.397.908 reações para testes laboratoriais (RT-PCR). Desses, foram analisados 1,8 milhão de exames laboratoriais na rede pública e 2 milhões em laboratórios privados, totalizando 3,8 milhões de testes realizados.

>> Rede de Bancos Populares de Alimentos é lançada neste sábado (8)
>> Mulher com doença na mama faz apelo para conseguir atendimento no SUS
>> Mãe enfrenta problema de saúde, perde auxílio do governo e faz apelo para cuidar da filha com deficiência intelectual e epilepsia
>> Campanha incentiva doação de sangue no Brasil
>> Grávida afirma ter sido vítima de golpe e precisa de doações após ficar sem benefício do governo
>> ONG distribui 450 refeições para comunidade em Olinda; veja como doar

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

>> Núcleo de Apoio à Criança com Câncer afirma que doações caíram pela metade por causa do coronavírus
>> Pandemia do coronavírus: Lar do Neném pede doações para se manter
>> Delegacia de Boa Viagem e ONG fazem campanhas para arrecadar doações
>> Hospital de Câncer precisa de ajuda para continuar atendendo pacientes
>> Paróquia do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio realiza campanha de arrecadação de máscaras para moradores de rua

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada: