Alerta

InfoGripe: Casos de Síndrome Respiratória Grave e Covid-19 seguem elevados

Número de casos semanais e de óbitos por SRAG e covid-19 está acima do valor considerado muito alto. Todo o país está na zona de risco

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 03/09/2020 às 11:51
Martin Lopez/Pexels
FOTO: Martin Lopez/Pexels

O InfoGripe, boletim semanal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica manutenção do sinal de queda no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, mas com valores semanais muito acima do nível considerado muito alto.

De acordo com o boletim referente à Semana Epidemiológica 35, no período de 23 a 29 de agosto, entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 97,4% dos casos e 99,3% dos óbitos se deram em consequência do novo coronavírus.

>> Secretário de Saúde demonstra preocupação sobre falta de medicação para tratar crianças com síndrome rara associada ao coronavírus

>> Fiocruz: pandemia mantém média de mil vítimas do coronavírus por dia no Brasil

>> "Pico da pediatria em relação ao coronavírus ainda está por vir", diz vice-presidente do Cremepe

Risco

Segundo o InfoGripe, todas as regiões do país encontram-se na zona de risco e com número de casos semanais e de óbitos por SRAG e covid-19 acima do valor considerado muito alto com base no padrão histórico.

>> Coronavírus: Declaração de vice-presidente do Cremepe sobre ''pico da pediatria'' preocupa especialistas e pais

>> Fiocruz e Anvisa definem produção da vacina contra o coronavírus

>> Novo coronavírus: Reinfecções criam dúvidas sobre imunidade

>> Nova síndrome em crianças associada ao coronavírus é monitorada; entenda a doença

Cautela

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama a atenção para o fato de que, embora a maioria das capitais esteja com sinal moderado (acima de 75%) ou alto (acima de 95%) de queda ou estabilidade no longo prazo, o cenário exige cautela em decorrência dos sinais de estabilidade no curto prazo.

Gomes destaca as capitais em que a tendência de longo prazo também apresenta sinal de estabilidade em valores que ainda se configuram como relativamente altos. "[São] capitais que passaram por longo período de queda e se encontram com tendência de estabilidade e requerem atenção especial para evitar uma possível retomada do crescimento, como observado em semanas anteriores.”

Ele explica que é o caso de Belém, Macapá, Palmas, Maceió, do Recife, de São Luís e do Rio de Janeiro. Até o momento, nenhuma dessas capitais voltou à tendência de queda contínua desde a estabilização ou retomada do crescimento observada.

Gomes acrescenta que cidades como João Pessoa, Maceió, Recife, Salvador e Vitória, no lono prazo, apresentam tendência moderada de alta, com probabilidade acima de 75%. Ele ressalta que, em João Pessoa e Salvador, essa tendência também se observa no curto prazo, o que "recomenda atenção redobrada”.

>> Rede de Bancos Populares de Alimentos é lançada; veja como ajudar
>> Mulher com doença na mama faz apelo para conseguir atendimento no SUS
>> Mãe enfrenta problema de saúde, perde auxílio do governo e faz apelo para cuidar da filha com deficiência intelectual e epilepsia
>> Campanha incentiva doação de sangue no Brasil
>> Grávida afirma ter sido vítima de golpe e precisa de doações após ficar sem benefício do governo
>> ONG distribui 450 refeições para comunidade em Olinda; veja como doar

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

>> Núcleo de Apoio à Criança com Câncer afirma que doações caíram pela metade por causa do coronavírus
>> Pandemia do coronavírus: Lar do Neném pede doações para se manter
>> Delegacia de Boa Viagem e ONG fazem campanhas para arrecadar doações
>> Hospital de Câncer precisa de ajuda para continuar atendendo pacientes
>> Paróquia do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio realiza campanha de arrecadação de máscaras para moradores de rua

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada: