VACINA

Vacina CoronaVac começa a ser produzida no Instituto Butantan

A produção da vacina CoronaVac será feita em turno sucessivo, 24 horas por dia, sete dias por semana

TV Jornal
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Publicado em 10/12/2020 às 16:40 | Atualizado em 05/06/2023 às 10:37
Divulgação/Instituto Butantan
FOTO: Divulgação/Instituto Butantan

Com informações de Agência Brasil

O Instituto Butantan já deu início à produção da vacina CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus (covid-19), ainda em fase de testes, produzida pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Segundo o governador de São Paulo, João Doria, a produção da vacina foi iniciada ontem (9).

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A Vacina CoronaVac será produzida e fabricada pelo Instituto Butantan

A produção será feita em turno sucessivo, 24 horas por dia, sete dias por semana, informou o governador.

A intenção do governo de São Paulo é alcançar a capacidade máxima de até um milhão de doses fabricadas por dia. Até outubro, a unidade funcionava de segunda-feira a sexta-feira, em dois turnos.

A capacidade de envase diário planejado para a vacina no Butantan é entre 600 mil a um milhão de doses.

O primeiro lote terá aproximadamente 300 mil doses. Até janeiro, o governo paulista prevê que 40 milhões de doses da vacina serão produzidas.

A fábrica do Butantan ocupa área produtiva de 1.880 metros quadrados e conta atualmente com 245 profissionais.

Segundo o governo paulista, mais 120 funcionários serão contratados para reforçar a produção da vacina contra o coronavírus.

Como será a produção da nova vacina CoronaVac do Instituto Butantan?

O governo paulista, por meio do Instituto Butantan, tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a vacina CoronaVac.

Por meio desse acordo, o governo paulista já vem recebendo doses da vacina.

O acordo também prevê transferência de tecnologia para o Butantan.

Estudos de fases 1 e 2 da vacina, realizados na China, já demonstraram que ela é segura, ou seja, que não provoca efeitos colaterais graves.

Também estudo feito com voluntários no Brasil comprovou que a vacina é segura.

A vacina, no entanto, ainda está passando por uma terceira e última fase de testes, que vai revelar se é eficaz, ou seja, se de fato protege contra o novo coronavírus.

Esses testes já vêm sendo desenvolvidos no Brasil desde julho deste ano e, para que seus primeiros resultados sejam divulgados, foi necessário que um mínimo de 61 participantes voluntários do teste fossem contaminados pelo novo coronavírus.

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Isso porque metade dos voluntários recebeu placebo e, a outra metade, a vacina. Para saber se a vacina é eficaz, espera-se que a maior parte dos infectados pelo vírus estejam entre as pessoas que receberam o placebo.

Esse número mínimo de voluntários contaminados nos testes foi atingido em novembro e permitiu o início da análise da eficácia da vacina.

O resultado foi encaminhado para um comitê internacional independente, e a expectativa do governo paulista é que seu resultado seja divulgado ao público já na próxima semana.

Se essa análise constatar que a vacina é, de fato, eficaz, o governo paulista deverá solicitar a aprovação e registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que então permitirá o uso em solo brasileiro.

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O governo de São Paulo já recebeu da Sinovac 120 mil doses prontas para uso da vacina e um milhão de doses que serão envasadas pelo Instituto Butantan.

Pelo termo de compromisso assinado no final de setembro com a Sinovac, o Butantan vai receber 46 milhões de doses da CoronaVac, sendo que 6 milhões de doses já chegarão prontas.

O governador de São Paulo, João Doria, disse que 11 estados e 912 municípios já manifestaram interesse em adquirir doses da vacina.

Como funcionam as vacinas contra o Coronavírus?

 

Aumentos de casos de Covid-19 em Pernambuco

Com aumento nos números da covid-19 no Estado, o governo de Pernambuco realizou um pronunciamento durante a tarde desta segunda-feira (7), determinando que as festas de Natal e Revéillon estão canceladas em todo o estado.

A medida foi tomada como forma de contenção ao avanço do vírus e vale tanto para eventos gratuitos quanto para pagos, independentemente da quantidade de pessoas.

Na ocasião, participaram o secretário de Saúde do Estado, André Longo, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach. 

"O governo de Pernambuco está publicando amanhã um novo decreto válido para todo o território com proibição de shows, festas e similares", declarou o secretário de Saúde do Estado, André Longo.

"Isso inclui todos os eventos, com ou sem cobrança de ingresso, independente do número de participantes, com exceção de casamentos, formaturas e eventos sociais similares, desde que cumpridos os protocolos".

Ele continua: "Além disso, com base no atual momento epidemiológico, estamos proibindo a realização de shows e festa de Natal e revéillon, incluindo os realizados em espaços públicos, condomínios, clubes, hotéis e estabelecimentos assim, com ou sem cobrança de ingresso".

O secretario finalizou: "Este decreto entra em vigor amanhã. A fiscalização, a partir de agora, será ainda mais intensa".

Alta nos indicadores de Coronavírus

Na ocasião, o secretário abordou também a questão da alta nos números da Covid-19.

"Encerramos a semana epidemiológica 49, no último sábado, com alta nos indicadores de solicitações de UTI, de casos de síndrome respiratória aguda grave, além de aumento nas taxas de ocupação de leitos", explicou André Longo.

Ele finalizou: "Dessa forma, esta é a terceira semana de alta nos indicadores. Saímos de um quadro de oscilações para uma tendência de crescimento de casos."

Abertura de leitos em Pernambuco

O secretário de Saúde lembrou ainda que, diante do aumento das taxas de ocupação, o Governo do Estado vem trabalhando para abrir novos leitos.

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“Em menos de um mês, já reativamos 150 leitos – os últimos 20, inclusive, foram abertos nesta segunda-feira na Maternidade Brites de Albuquerque”, concluiu.