
Bandeira vermelha patamar 2 tem custo de R$6,24 para cada 100 quilowatts-hora
Ficou estabelecida a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,24 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Em dezembro, a conta de luz dos brasileiros ficou mais cara. No último dia 30 de novembro, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, em reunião extraordinária que haverá cobrança única na conta de luz dos consumidores a partir do dia 01. Ficou estabelecida a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,24 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Com o anúncio, é importante que os consumidores busquem evitar o desperdício de água e energia. Veja abaixo dicas para economizar.
Chuveiro - Na hora de adquirir um novo chuveiro, todas as especificações do produto devem ser observadas. Por exemplo, se a residência dispõe uma tensão de 127 volts, chuveiro não pode exceder 5.700 watts. Caso a voltagem disponível seja 220 volts, o limite é 7.800 watts. Os disjuntores também devem corresponder às especificações de voltagens, 50 amperes para 127 volts e 40 amperes para 220, além da fiação de 10 milímetros em ambos os casos. “Utilizar um aparelho fora do padrão correspondente pode ocasionar o consumo elevado de energia, curtos e, até mesmo, queima de fiação.
Descarga - Prefira descarga com acionamento duplo. A descarga com duplo acionamento é uma opção que inovou na questão da economia. Nela, o mecanismo é fracionado e divide a quantidade de litros de água que serão utilizados, gastando apenas o necessário.
Lâmpadas - Esse é um verdadeiro investimento que vale a pena para economizar energia em casa: trocar as lâmpadas eletrônicas pelas de LED. Elas gastam até 80% menos de energia. Além disso, tendem a durar mais e não esquentam o ambiente.
Eletrodomésticos - Acerte na escolha dos eletrodomésticos. Quando for trocar seus eletrodomésticos, opte sempre por aqueles que apresentarem maior eficiência energética. Confira sempre o selo fornecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Nesse selo, é possível conferir a eficiência de diversos aparelhos em uma escala que vai de E — menos eficiente — até A — mais eficiente.
A tabela de eficiência energética do Inmetro apresenta também a média de consumo mensal de cada aparelho. Com ela, é possível ter uma previsão do impacto que algum eletrodoméstico causará em sua conta no final do mês. Na dúvida, vá de branco. Usar cores claras nas paredes e no teto ajuda a refletir a luz natural que entra pelas janelas. Assim os ambientes permanecem mais claros por mais tempo, ajudando a gastar menos energia. Além das dicas básicas que todos já estão cansados de saber e não custa relembrar: Desligar as luzes quando sair do cômodo, reduzir o tempo do banho quente e não deixar a geladeira aberta.
Em maio deste ano, em razão da pandemia de covid-19, a Aneel havia decidido manter a bandeira verde acionada até 31 de dezembro deste ano. Entretanto, em reunião extraordinária, na segunda-feira (30), a diretoria do órgão avaliou que a queda no nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a retomada do consumo de energia justificavam o aumento.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas.
A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país.
Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de apresentar um valor que já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.
O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 495/20 suspende um despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), publicado na segunda-feira (30 de novembro), que determinou que a conta de luz do mês de dezembro terá bandeira vermelha Patamar 2.
Isso significa que, desde essa terça (1º), cada 100 quilowatts-hora consumidos terão uma cobrança adicional de R$ 6,243, o preço mais alto que a energia pode ter no País para os consumidores atendidos pelas companhias de distribuição.
O projeto, que tramita na Câmara dos Deputados, foi apresentado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE). Outras duas propostas semelhantes também estão em análise na Casa. Trata-se dos PDLs 496/20 e 497/20, dos deputados Celso Sabino (PSDB-PA) e Cássio Andrade (PSB-PA).
Figueiredo lembra que em maio a Aneel havia decidido que, em razão da pandemia, seria adotada a bandeira verde até 31 de dezembro, ou seja, não haveria cobrança extra na conta de luz. Para ele, a retomada do sistema de bandeiras tarifárias vai prejudicar a população no momento em que os casos de Covid-19 tornam a crescer em todo o País.
“O Brasil atravessa um período crítico da pandemia, com tendência crescente de número de casos e de óbitos. Essa situação pode impactar negativamente na atividade econômica, e, assim, aumentar ainda mais o nível de desemprego, que já se encontra em um patamar alarmante”, disse Figueiredo.
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