Economia

Salário mínimo com novo valor entra em vigor e ainda pode mudar; entenda

Novo valor entra em vigor nesta sexta-feira (1º) e ainda pode sofrer reajustes

TV Jornal
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Publicado em 01/01/2021 às 12:32 | Atualizado em 12/07/2023 às 11:26
Marcello Casal Jr./ABr
FOTO: Marcello Casal Jr./ABr

Com informações do Ministério da Economia

Anunciado na quarta-feira (30), o reajuste no valor do salário mínimo — que passa a valer R$ 1.100 mensais — entra em vigor nesta sexta (1º), conforme anunciado pelo presidente da República.

Em 2021, o valor do salário mínimo vigente representa um aumento de 5,26% em relação ao valor mensal de R$ 1.045, vigente em 2020.

O reajuste leva em consideração a variação da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre janeiro e novembro e a estimativa para dezembro.

Com tal correção, o governo cumpre a Constituição, que determina a preservação do poder de compra do salário mínimo, como explicam os secretários do Ministério da Economia.

Ainda pode mudar

Já que a variação do INPC com o índice definitivo só deve ser divulgada em 12 de janeiro, o novo valor do mínimo ainda pode ser corrigido, como explicou o ministro substituto da Economia, Marcelo Guaranys.

De acordo com ele, o objetivo é assegurar a preservação do poder de compra. A mesma situação ocorreu na virada do ano passado.

Na ocasião, em 31 de dezembro de 2019, o salário mínimo anunciado para 2020 era de R$ 1.039 mensais, mas foi ajustado em janeiro para R$ 1.045, com a divulgação do índice definitivo do INPC de dezembro — que ficou acima do esperado.

Guaranys ressaltou que a correção do valor do salário mínimo é obrigação constitucional e que não afeta o governo em relação ao Teto de Gastos e ajuste fiscal.

Despesas

Por outro lado, Waldery Rodrigues explicou que existem, sim, impactos nos gastos do governo. Cada R$ 1,00 de aumento no salário mínimo gera elevação de despesas de R$ 351,1 milhões. “Estamos aqui para garantir que todos esses impactos estarão dentro do teto”, afirmou.

“Todas as regras fiscais serão respeitadas”, reforçou o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.