Com informações da Agência Brasil
Nesta quinta-feira (31), o Ministério da Saúde confirmou a suspeita de dois casos de uma nova variante do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em São Paulo.
A notificação do laboratório de medicina diagnóstica Dasa foi recebida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo, que repassou a informação para o ministério.
“O Instituto Adolfo Lutz está analisando duas amostras de vírus de casos com contato com o Reino Unido e, em até 48h, fará o sequenciamento genético para identificação da linhagem”, declarou a pasta em comunicado.
Outros países
De acordo com o laboratório Dasa, a nova variante do vírus é a mesma detectada recentemente na Inglaterra e Estados Unidos.
A confirmação da cepa em dois pacientes foi possível por meio do sequenciamento genético realizado em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Diferença
Segundo o Dasa, a mutação não é mais letal que outras cepas, mas pode ser mais transmissível. No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o European Centre for Disease Prevention and Control, resultados preliminares de estudos realizados no Reino Unido e publicados em 19 de dezembro sugerem que a variante é significativamente mais transmissível do que as variantes anteriormente circulantes, com um aumento estimado de transmissibilidade de até 70%.
“O sequenciamento confirmou que a nova cepa do vírus chegou ao Brasil, como estamos observando em outros países. Dado seu alto poder de transmissão esse resultado reforça a importância da quarentena, e de manter o isolamento de dez dias, especialmente para quem estiver vindo ou acabado de chegar da Europa”, ressaltou a pesquisadora da FMUSP Ester Sabino.
Prevenção
De acordo com a cientista, a prevenção ainda é a forma mais eficaz de barrar a propagação do vírus: higienizar as mãos, manter o distanciamento físico, usar máscaras e ventilar os ambientes.
Segundo o Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o município de São Paulo, já tomou providências em relação ao monitoramento dos casos confirmados.