"Os gastos com o enfrentamento à pandemia da covid-19 não podem ser empurrados para as gerações futuras", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nessa quarta-feira (10).
O ministro deu a declaração após se reunir com a presidente eleita da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, deputada Flávia Arruda (PL-DF), e com o relator do Orçamento de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Flávia Arruda e Bittar fizeram uma visita ao Ministério da Economia, após a confirmação nos cargos e a instalação da CMO.
A presidente da comissão disse que terá conversas diárias com a equipe econômica, até a votação do Orçamento de 2021, enviado ao Congresso em agosto do ano passado, mas não aprovado até hoje.
Prorrogação do Auxílio Emergencial
O ministro defendeu que as discussões sobre a retomada do auxílio emergencial sejam acompanhadas de responsabilidade fiscal, com a busca de uma fonte de recursos para financiar a recriação do benefício.
Segundo Guedes, o dinheiro para bancar uma nova rodada do auxílio emergencial terá de vir do próprio Orçamento deste ano, em vez de ser financiado pelo aumento da dívida pública.
"Temos o compromisso com as futuras gerações do Brasil. Temos que pagar pelas nossas guerras. Se estamos em guerra com o vírus, temos que arcar e não simplesmente empurrar esse custo para as gerações futuras", afirmou o ministro.
Argumentando que a economia e a saúde caminham juntas, Guedes disse que os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, estão empenhados em conciliar as demandas sociais com a responsabilidade fiscal.