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Novo auxílio emergencial: Além dos meses iniciais, há possibilidade de extensão, diz Guedes

Gastos teriam de ser cortados para permitir a prorrogação do auxílio emergencial, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 12/02/2021 às 9:59 | Atualizado em 30/12/2022 às 6:59
Welington Lima/JC Imagem
FOTO: Welington Lima/JC Imagem

A recriação do auxílio emergencial precisa estar atrelada a um novo Orçamento de Guerra embutido no novo Pacto Federativo, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nessa quinta-feira (11).

Esse orçamento, que depende da aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), deve ter contrapartida de cortes de gastos e estar inserido num compromisso com a responsabilidade fiscal.

"Não vai faltar dinheiro para o auxílio emergencial. Temos esse dinheiro. Agora, precisamos de uma PEC de Guerra que nos autorize, primeiro", declarou o ministro.

Paulo Guedes não detalhou quais gastos teriam de ser cortados para permitir a prorrogação do auxílio emergencial.

Prazo e extensão do Auxílio Emergencial

Em discurso durante evento virtual da Sociedade Nacional de Agricultura, o ministro disse que o novo auxílio emergencial duraria até quatro meses.

Caso a pandemia de covid-19 continue após o fim desse prazo, o governo reavaliaria a extensão do benefício, dentro de um quadro de calamidade pública e com contrapartidas fiscais.

"Nós podemos dar dois, três até quatro meses de auxílio emergencial, enquanto observamos a evolução da doença", acrescentou Guedes.

"Se a doença voltar, nós recolocamos uma camada de proteção, mas temporária, e dentro de um protocolo que, caso a doença permaneça conosco um ano, dois anos etc, as contrapartidas já estão previamente estabelecidas. Ou nós corremos o risco de um descontrole fiscal completo", completou.

Orçamento de Guerra

A aprovação de uma PEC exige 308 votos na Câmara e 51 no Senado. No início da pandemia de covid-19, no ano passado, o Congresso aprovou o estado de calamidade pública e uma PEC com o Orçamento de Guerra.

Os dois dispositivos permitiram que o governo aumentasse os gastos sem ferir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas públicas desconsiderando os juros) e sem descumprir o teto federal de gastos.