A nova estimativa da equipe econômica do governo federal é de que 33 milhões de brasileiros sejam atendidos pela recriação do auxílio emergencial, entre eles os 14 milhões que já estão no programa Bolsa Família.
O número é menor que o da primeira rodada, no ano passado, quando mais de 65 milhões receberam o benefício.
O governo federal chegou a esse número após realizar um trabalho de cruzamento de banco de dados ao longo dos últimos 11 meses, que permitiu que fosse feito um pente-fino para selecionar os beneficiados.
Aprovação do novo auxílio emergencial
Depois do consenso fechado entre os presidentes da Câmara, do Senado, e ministros, o governo tentará aprovar a proposta que viabilizará o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial em três semanas.
Esse é o prazo com que a equipe econômica trabalha para a aprovação do que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chama de "novo marco fiscal".
Esse marco seria composto pela inclusão na PEC do pacto federativo de uma cláusula de calamidade pública (uma espécie de PEC de Orçamento de Guerra, semelhante à aprovada no ano passado).
Isso permitirá retirar os gastos do auxílio emergencial de regras fiscais, como o teto de despesas, mas criaria condicionantes, como medidas automáticas de contenção de gastos.
A inclusão da cláusula de calamidade pública no pacto federativo é vista pela equipe econômica como o respaldo necessário para o pagamento do novo auxílio.