AUXÍLIO

Novo auxílio emergencial: Governo deve gastar R$ 34,2 bilhões extras, aponta previsão do Senado

O Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado projeta que 45 milhões de pessoas devem receber o novo auxílio emergencial

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 22/02/2021 às 18:33 | Atualizado em 28/10/2022 às 10:15
Welington Lima/JC Imagem
FOTO: Welington Lima/JC Imagem

A prorrogação do auxílio emergencial para a população de baixa renda deve fazer o Governo Federal gastar R$ 34,2 bilhões extras, de acordo com a previsão da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

A expectativa projetada pelo IFI é que o novo auxílio emergencial seja pago com quatro parcelas de R$ 250 e 45 milhões de pessoas sejam beneficiadas.

Os dados foram revelados no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) divulgado nesta segunda-feira (22) pelo órgão do Senado Federal.

Ao todo, o custo total deve ser de R$ 45 bilhões, mas uma parte (R$ 10,8 bilhões) será bancada com recursos do próprio Bolsa Família que já estão previstos no orçamento do auxílio emergencial.

Vale lembrar que Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está sendo negociada para autorizar a nova rodada do auxílio emergencial e prevê a edição de crédito extraordinário para bancar a prorrogação do benefício.

A IFI traçou ainda um cenário otimista e outro pessimista para o auxílio emergencial, em que os gastos são menores ou maiores, respectivamente.

Quem fica fora do novo auxílio emergencial?

O números de beneficiários do novo auxílio emergencial deve ser menor que em 2020.

Isso ocorre por conta de uma seleção feita pelo Governo Federal, que nos últimos 11 meses realizou um cruzamento de dados dos beneficiários do auxílio emergencial e permitiu que o número fosse reduzido a aproximadamente 40 milhões de pessoas.

Diferente dos cerca de 68 milhões dos aprovados que receberam o auxílio emergencial no ano passado.

Dessa forma, é possível adiantar que ficam de fora aqueles que: recebem salário do setor público, como pensão, aposentadoria, benefício assistencial, seguro desemprego ou até mesmo que tenha um vínculo empregatício ativo.