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Casos Nardoni, Von Richthofen, Eloá e goleiro Bruno: veja o que aconteceu com os envolvidos nos crimes mais famosos do Brasil

Após o assassinato do menino Henry Borel, outros assassinatos de grande repercussão voltaram a ser lembrados nas redes sociais

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 17/04/2021 às 14:37
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Em meio à pandemia do novo coronavírus que mata milhares de pessoas todos os dias, o país parou para acompanhar a morte de uma criança de apenas 4 anos de idade. Henry Borel morava com a mãe Monique Medeiros e com o padrasto, o vereador carioca Dr. Jairinho. Segundo a polícia, o menino foi assassinado pelos dois adultos dentro do apartamento da família no Rio de Janeiro. A mistura de ineditismo, crueldade contra a vítima e frieza dos suspeitos costuma elevar “simples assassinatos” ao status de “grandes casos policiais”, onde a opinião pública passa a comentar esses crimes com amigos e familiares e a chorar a dor da morte como se afetasse algum ente querido.

No Brasil, alguns dos crimes mais famosos estão relacionados a Isabella Nardoni, Eloá Cristina, Elisa Samúdio, como vítimas, e Suzane Louise von Richthofen e pelo goleiro Bruno, como mandantes.

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Veja como estão os assassinos mais conhecidos do país:

1. Caso Isabella Nardoni

Isabella Nardoni tinha cinco anos de idade em 2008, quando foi brutalmente assassinada pelo próprio pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta dela, Anna Carolina Jatobá. O crime aconteceu em um edifício de alto padrão de São Paulo. Após ser asfixiada por Anna Carolina, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio por Alexandre.

Alexandre foi condenado a 31 anos 1 mês e 10 dias. Anna Carolina recebeu pena de 26 anos e 8 meses. Alexandre Nardoni, que é formado em Direito, fez vários trabalhos braçais dentro da cadeia, e progrediu para o regime semiaberto em abril de 2019. Neste regime, ele pode sair do presídio para trabalhar, mas precisa voltar para dormir atrás das grades.

Anna Carolina havia ido para o semiaberto em 2017, mas, em 2020, voltou para o regime fechado, após ser flagrada conversando pele telefone com familiares. De acordo com carcereiros dos presídios, os dois apresentam bom comportamento.

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2. Suzane von Richthofen

O rosto da jovem rica Suzane Louise von Richthofen estampou dezenas de jornais e revistas em todo o país em 2002. De acordo com os investigadores, ao lado do namorado Daniel Cravinhos, Suzane tramou o assassinato dos pais Manfred e Marísia.

O crime foi cometido por Daniel e pelo irmão dele, Christian. Os dois mataram os pais de Suzane dentro da casa da família, sobre a permissão da jovem, que na época tinha 18 anos.

Suzane foi condenada a 39 anos de prisão. Depois, a pena foi reduzida para 34 anos e 9 meses. Presa desde 2004, Suzane progrediu para o semiaberto em 2015.

Daniel recebeu pena de 39 anos de prisão, e Christian, 38 anos e 6 meses. Desde 2013, estão no semiaberto.

3. Goleiro Bruno (Eliza Samúdio)

Rico, famoso e com uma carreira promissora no Flamengo, o goleiro Bruno estampou as páginas policiais em 2010, após, de acordo com os investigadores, mandar matar Elisa Silva Samúdio, de 25 anos, mãe do filho dele.

Eliza foi convencida por Bruno a ir a um sítio em Minas Gerais. Depois disso, nunca mais ela foi vista. As investigações apontam que Eliza tenha sido estrangulada e esquartejada. Bruno foi julgado como mandante do crime e condenado a 22 anos pelo crime contra Eliza e pelo sequestro do filho deles. Em julho de 2019, Bruno foi para o semiaberto. Em março deste ano, foi anunciado como goleiro do Araguacema, clube da 1ª divisão do Campeonato Tocantinense.

Bruno não agiu sozinho, segundo os investigadores. Também foram julgados pela morte de Eliza Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno; Wemerson Marques, conhecido como Coxinha; Elenilson da Silva; e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

4. Caso Yoki

Outro crime que chocou o país foi cometido por Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, contra o esposo Marcos Kitano Matsunaga, de 41 anos, alto executivo da gigante dos alimentos Yoki.

O crime foi em 2012. Elize assumiu que esquartejou o marido, após descobrir uma traição e por receber ameaças por querer a guarda do filho do casal. Após matar e esquartejar o marido, a assassina colocou os restos mortais de Marcos em malas e jogou o corpo em uma estrada no município de Cotia, em São Paulo.

Condenada a 18 anos e 9 meses de prisão, Elize teve a pena reduzida em 2019 e também está em regime semiaberto Segundo o R7, a mulher poderá deixar a cadeia em 2035.

5. Caso Eloá

Em outubro de 2008, as câmeras dos principais veículos de comunicação do país focaram na janela de um apartamento simples de Santo André, no ABC paulista. Dentro do imóvel, duas amigas - Eloá e Nayara - ficaram reféns de Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos, que estava inconformado com o fim do relacionamento com Eloá.

O sequestro durou cerca de 100 horas. Nayara chegou a ser liberada do cativeiro, mas voltou horas depois, em uma estratégia da polícia massivamente criticada. No início da noite de 17 de outubro, a polícia invadiu o cativeiro. Lindemberg atirou contra Eloá, que foi socorrida, mas morreu.

Em 2012, Lindemberg foi condenado a 98 anos e 10 meses, pelo assassinato, tentativa de homicidio e cárcere, entre outros crimes. Em 2020, ele pediu para ir ao semiaberto, mas, em 2021, a Justiça negou.