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Mesmo com restrições prorrogadas, Pernambuco mantém aulas presenciais nas escolas

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que as aulas presenciais nas escolas não serão suspensas

YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
FOTO: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM

Mesmo ampliando o período de restrições, o Governo de Pernambuco não pretende suspender novamente as aulas presenciais nas redes de ensino público e privado no Estado. A informação foi confirmada pelo secretário de estadual de saúde, André Longo, durante coletiva online, nesta quinta-feira (06). No entanto, a decisão vai na contramão da recomendação do Conselho Estadual de Saúde, no qual o secretário preside.

"Não vamos adotar as recomendações do conselho. As atividades nas escolas são seguras e devem ser ao máximo preservadas, na medida em que a parada da educação é muito mais grave do que o fato de manter as atividades funcionando. Elas (as escolas) são seguras e devem ser preservadas. Educação é prioridade", pontou.

Além disso, André Longo afirmou que não participou da reunião do Conselho Estadual de Saúde realizada quarta-feira (05) em que foi discutida a a orientação para suspender as aulas presenciais no agravamento da pandemia da covid-19.v"Respeitamos o conselho, mas essa é uma decisão que cabe às autoridades sanitárias. O conselho tem autonomia para fazer recomendações. O comitê recebe de várias entidades, de pesquisadores, epidemiologistas", comentou.

Aulas presenciais

As escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco já retomaram as aulas presenciais, seguindo o novo plano de convivência com a covid-19. De acordo com o secretário Executivo de Educação de Pernambuco, Leonardo Santos, todos os protocolos de segurança estão sendo adotados nas escolas públicas do Estado, como aferição de temperatura, o uso obrigatório de máscaras e do álcool em gel, e o distanciamento entre as bancas, em sala de aula.

Greve dos professores

Os professores da rede estadual decidiram, em assembleia virtual realizada nesta quarta-feira (05), manter a greve iniciada no dia 19 de abril. De acordo com a apuração da Margarida Azevedo, do Jornal do Commercio, 54,5% votaram a favor de manter a paralisação e os outros 41,1% preferiam encerrar a greve, além de 4,3% de abstenção. Ao todo, a reunião contou com 718 votantes. Os profissionais de educação acreditam que às aulas presenciais colocam as pessoas em maior risco da covid-19 e, por isso, são a reabertura das escolas na pandemia.