Secretaria de Defesa Social

Antônio de Pádua deixa a Secretaria de Defesa Social seis dias após ação violenta da PM em protesto no Recife

A Secretaria de Defesa Social (SDS) será gerida interinamente pelo secretário executivo Humberto Freire

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 04/06/2021 às 17:42 | Atualizado em 14/11/2022 às 17:33
Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Diego Nigro/JC Imagem

Seis dias após o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, que terminou com força excessiva de policiais militares e pessoas feridas, o Governo de Pernambuco confirmou que o então o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, colocou o cargo à disposição e o governador Paulo Câmara aceitou.

Com isso, a SDS fica sob o comando do atual secretário executivo, Humberto Freire. O delegado da Polícia Federal Antônio de Pádua estava à frente da Secretaria de Defesa Social desde 1º de julho de 2017.

“Quero agradecer ao secretário Pádua por todo o seu trabalho em defesa do Pacto pela Vida nesses quatro anos, e ressaltar que a missão dada ao secretário Freire e ao comandante Roberto é que o episódio do último sábado não seja esquecido, para que nunca se repita", disse o governador.

"Os protocolos precisam ser revistos para que um comando de tropa na rua não possa se sentir autônomo a ponto de agir da maneira que agiu”, finalizou.

Benefício para vítimas do protesto

O Governo de Pernambuco autorizou o pagamento do benefício eventual ao adesivador Daniel Campelo e ao arrumador Jonas Correia de França, feridos durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no Recife, no último sábado (29).

As duas vítimas não estavam envolvidos no ato. De acordo com o governo estadual, o valor de R$ 2.200,00 foi liberado nesta sexta-feira (04) e será pago por três meses.

PM atirou em olho de homem

A Secretaria de Defesa Social já sabe quem fez os disparos de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, contra o arrumador de contêiner Jonas Correia de França, de 29 anos, na ponte Princesa Isabel.

O resultado da investigação da SDS, responsável pela identificação, teria sido encaminhado ao governador Paulo Câmara. Jonas não participava do ato e foi atingido no olho direito.

Para nossa reportagem ele disse que os médicos já deram o diagnóstico de que o arrumador perdeu a visão. O militar identificado é do Batalhão de Choque e foi afastado das ruas.