A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco enviou, nesta quinta-feira (10), um ofício à Secretaria de Defesa Social do Estado com a sugestão para a instalar câmeras nos uniformes dos policiais, acopladas aos coletes.
De acordo com o OAB, o objetivo é coibir e evitar atos como os que foram praticados durante o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no dia 29 de maio. A instituição afirmou que o equipamento, por exemplo, é usado pela PM de São Paulo.
“Medidas como essas nos permitem aferir tanto situações de abuso contra as autoridades policiais, quanto possíveis excessos que possam ser por elas praticados, visando registrar com detalhe o desenvolvimento dessas operações. Tal providência, portanto, mostra-se necessária aqui em nosso Estado, para que cenas lamentáveis como a ocorrida no Centro do Recife, no dia 29 de maio, não se repitam”, disse o presidente da OAB-PE, Bruno Baptista.
Protesto no Recife
O protesto contra o presidente Jair Bolsonaro foram realizados em todo o país, no último sábado (29). No Recife, a manifestação teve concentração às 9h na Praça do Derby, de onde os participantes saíram em caminhada pelas ruas da área central da capital.
Quando chegaram à Ponte Duarte Coelho, policiais militares fizeram um bloqueio e atiraram contra os manifestantes, usando balas de borracha, sprays de pimenta e gás lacrimogêneo
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Na ocasião, a advogada e vereadora do Recife, Liane Cirne, foi agredida com spray de pimenta por parte da policia militar.
Além disso, dois homens foram atingidos nos olhos, perdendo a visão, após a PM fazer uso de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, sem a devida cautela, segundo afirmou a OAB.