Saúde

Estudos avaliam vantagens de maior intervalo da vacina AstraZeneca

Pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas

TV Jornal
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Publicado em 30/06/2021 às 13:15 | Atualizado em 30/04/2022 às 18:45
Reprodução/Agência Brasil
FOTO: Reprodução/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil.

O Ministério da Saúde informou que distribuiu cerca de 130 milhões de doses de quatro tipos de vacina contra a covid-19. 

Quase metade desse valor é do imunizante fabricado no Brasil pela Fiocruz, desenvolvido pela Oxford com a farmacêutica Astrazeneca.

O intervalo entre as doses, logo no início da imunização, era de quatro semanas entre as doses. Pouco depois esse tempo passou a ser de três meses. Agora, os pesquisadores de Oxford indicam tomar a segunda dose 11 meses depois da primeira.

Os dados preliminares mostram que esse intervalo maior pode aumentar a resposta imunológica até 18 vezes.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre a possibilidade de ampliar o intervalo entre as doses e destacou a importância dos estudos, mas que é preciso tomar a segunda dose no tempo estabelecido.

Ele disse que “em países mais pobres a imunização é feita com vários tipos de doações.” Frisou que é preciso respeitar a data da segunda dose anunciada no cartão de vacinação.

Ou seja, apesar das pesquisas, ainda é preciso - e muito importante - tomar a segunda dose da vacina na data indicada no cartão de vacinação.

Outros estudos também são conduzidos, por exemplo, para avaliar a possibilidade de concluir o esquema vacinal com uma dose, no caso da Janssen, ou com duas doses nas demais vacinas, e, depois, tomar a terceira dose como reforço. Essa dose poderia ser da mesma vacina ou de outro imunizante.

Intercâmbio de vacinas

Os pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas, para aproveitar as diferentes respostas imunológicas provocadas por cada imunizante. Em Oxford, o teste é com a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer.

Renato Kfouri destacou que, entre os motivos para pesquisas desse tipo, está a vacinação em países mais pobres, que receberão doações de diferentes tipos de imunizante.

É o caso da cidade do Rio de Janeiro. Desde ontem, as gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca vão receber a segunda da Pfizer.

No dia 12 de maio, o Ministério da Saúde decidiu que as grávidas não devem ser vacinadas com a AstraZeneca, devido ao risco de reações adversas. Vale destacar que as pesquisas conduzidas pela Universidade de Oxford estão em fase inicial.

São estudos de segurança e resposta imunológica, e ainda não têm dados sobre eficácia.