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Motoristas de Aplicativo: Entenda o que tem causado cancelamento e demora nos serviços no Recife

Desde o momento da solicitação da viagem até o desembarque, o resultado do serviço dos transportes por aplicativo vem sendo alvo de críticas

TV Jornal
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Publicado em 15/07/2021 às 16:06 | Atualizado em 07/07/2022 às 17:03
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Com informações de Lucas Moraes, do Jornal do Commercio.

Os usuários dos transportes de aplicativos na Região Metropolitana do Recife relatam, muitas vezes nas redes sociais, como estão insatisfeitos com os serviços prestados pelas empresas.

Além das reclamações dos passageiros, os motoristas dificilmente conseguem fecha a conta no azul.

Após alguns anos em operação e um crescimento assíduo de solicitações, a crise sanitária, ocasionada pela covid-19, fazem com os resultados não sejam mais os mesmos.

De acordo com o IBGE, houve a maior redução de demanda. Os números do IPCA, no acumulado deste ano, o Grande Recife aponta queda 48,9% no serviço dos aplicativos de transporte, principalmente no valor pago pelos passageiros.

De acordo com a apuração do Jornal do Commercio, a tarifa cobrada aos consumidor varia conforme a demanda. Ou seja, as corridas ficam mais baratas, com menos passageiros, mas atraem os motoristas.

“Até o ano passado, eu estava muito satisfeita com o serviço. Ainda uso diariamente para ir ao trabalho. Sou cliente VIP na plataforma, mas não tem nenhuma vantagem.

Eu gastava cerca de R$ 320 ao mês. No último, a conta foi de R$ 600. As corridas, para mim, ficaram mais caras, porque quando o preço é barato ninguém vem buscar.

Há muita demora e seleção de cada corrida”, reclamou uma usuária de aplicativos de transporte. Leia a matéria completa no JC Online.

O que dizem as principais empresas?

As empresas mais utilizadas foram questionadas pelo Jornal do Commercio sobre a regulação das tarifas e também as possíveis perdas no número de motoristas. A Uber, 99 e o Indriver, enviaram as seguintes respostas:

Uber

Em nota, a Uber diz que opera um sistema de intermediação de viagens ''dinâmico e flexível'' ''adotar o preço dinâmico e as promoções para motoristas parceiros''.

“Por isso buscamos sempre considerar, de uma lado, as necessidades dos motoristas parceiros e, de outro, a realidade dos consumidores que usam a plataforma, buscando o equilíbrio entre oferta e demanda que é fundamental para a plataforma.

Nesse contexto, os usuários estão tendo de esperar mais tempo por um carro, e o motivo é que, especialmente nos horários de pico, há mais chamados do que parceiros dispostos a realizar viagens.

A demanda alta significa que o app da Uber está tocando sem parar. Conforme o que os próprios motoristas parceiros nos relatam, essa é a uma situação que os deixa mais confortáveis para cancelar viagens (porque sabem que virão outras na sequência, possivelmente com ganhos maiores)”.

99

A 99 esclarece “que os motoristas parceiros têm a liberdade de definir sua jornada de trabalho junto à plataforma, estabelecendo dias e horários que irão oferecer seu serviço”.

Além disso, desde 2020 o volume de corridas foi retomado em 100%, em comparação ao período antes da pandemia, sem alterações significativas.

Em relação ao preço, a 99 revelou que o valor é definido a partir de uma equação que envolve demanda e oferta. Com os motoristas, o valor repassado considera a distância percorrida e o tempo de deslocamento.

InDriver

A InDriver diz que não sentiu queda na demanda. "Uma vez que muitas pessoas estão usando transporte de mobilidade como opção ao transporte público".

"Com o alto índice de desemprego, tivemos uma alta no número de motoristas parceiros, que tem no transporte de mobilidade uma forma de ter uma renda familiar".

O aplicativo informou que o motorista faz uma “recarga” de pagamento e que cada corrida possui taxa fixa de 9,5%. Com isso, ''o motorista não precisa repassar o valor e recebe na mesma hora''.