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Antecipar a segunda dose da AstraZeneca compromete a eficácia contra covid-19? Médico responde algumas dúvidas

O médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima responde algumas perguntas sobre as aplicações das vacina da AstraZeneca

TV Jornal
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Publicado em 30/07/2021 às 15:12 | Atualizado em 29/04/2022 às 14:58
Reprodução/Agência Brasil
FOTO: Reprodução/Agência Brasil

Com informações de Cinthya Leite e da Rádio Jornal.

Apesar da antecipação para 60 dias do prazo de aplicação de segunda dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19, algumas pessoas estão preocupadas se o tempo é suficiente para completar a imunização.

Muitos acreditam que o prazo de 90 dias entre as duas doses é o ideal, pois assim foi estabelecido no início da campanha no Brasil.

Em entrevista a Rádio Jornal, o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima afirmou que o intervalo pode ser entre os dois períodos.

"Em relação à AstraZeneca, o intervalo pode ser de 60 a 90 dias", afirmou no programa Balanço de Notícias.

"Se os municípios recebem lotes para ser usados como segunda dose, neste momento em que há toda uma preocupação com a variante delta, contra a qual são necessárias duas aplicações, a orientação é acelerar e permitir a conclusão do esquema vacinal de forma mais precoce", disse.

Existe intervalo ideal entre as aplicações da AstraZeneca?

O representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) assegurou que a pessoa pode receber a segunda da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca após 60 dias da primeira aplicação, sem comprometimento.

No entanto, ele afirmou que ''se houver intervalo menor do que oito semanas a resposta de anticorpos será menor".

A bula da AstraZeneca informa que a segunda dose da vacina pode ser recebida depois do intervalo de 4 a 12 semanas da aplicação da primeira dose, com eficácia maior entre a 8ª e a 12ª semana.

O médico também comentou sobre esse fato, que é uma indicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Todos os quatro imunizantes disponíveis no Brasil são autorizados pela Anvisa e têm um objetivo em comum, que é proteger contra formas graves da covid-19, internamento hospitalar e óbitos. E para isso, as quatro vacinas são similares; as quatro funcionam", reforça Eduardo Jorge.