Vacinação

Covid-19: ministro da Saúde reforça importância da 2º dose, especialmente com avanço da variante Delta; saiba mais

A variante Delta é 97% mais transmissível que a cepa original do coronavírus (covid-19), segundo estudo

Com informações da Agência Brasil
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 04/08/2021 às 12:09 | Atualizado em 07/01/2022 às 23:49
Victor Patrício/Prefeitura de Camaragibe
FOTO: Victor Patrício/Prefeitura de Camaragibe

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu que os brasileiros se imunizem com a segunda dose das vacinas, como forma de proteção efetiva, inclusive contra o avanço da variante delta da covid-19.

Queiroga participou, nessa terça-feira (3), do balanço da ação de vacinação em massa contra a doença, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.

“Sistemas de saúde mais consolidados do que o nosso, a exemplo do inglês, não conseguiram conter a propagação comunitária da variante delta. Os Estados Unidos também enfrentam o problema. Nós estamos assistindo, e isso acontece sobretudo com aqueles que não estão vacinados. As nossas vacinas funcionam contra essa variante. Aproveito para lembrar às pessoas que ainda não tomaram a segunda dose que voltem às unidades básicas de saúde. Para ter a proteção, é necessário [tomar] as duas doses”, disse Queiroga.

>> Saiba quais documentos levar para se vacinar contra covid-19 no Recife, caso não tenha comprovante de residência

 

A variante delta

A variante Delta do coronavírus, originária na Índia, já chegou ao Brasil e a Pernambuco.

Um estudo realizado por pesquisadores ligados à Organização Mundial de Saúde (OMS) e ao Imperial College apontou que a variante Delta é 97% mais transmissível que a cepa original do coronavírus, que teve origem na China.

>> No Recife, 156 pessoas foram para o fim da fila de vacinação porque queriam escolher imunizante

>> Jovens reclamam de instabilidade no Conecta Recife e não conseguem agendar vacina contra a covid-19

Saiba mais

Para explicar como ela se comporta e os cuidados que a população deve ter parar evitar o contágio, o telejornal Meio-Dia entrevistou o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Marcelo Paiva.

De acordo com ele, o alto poder de transmissão da variante Delta se deve às características genéticas da cepa.

"Ela (a variante Delta) tem uma característica genética diferente das outras, o que faz com que ela consiga se ligar mais rapidamente às células e, consequentemente, ter uma maior transmissão", explicou Marcelo Paiva.

A variante Delta tem atingido mais a população que não foi imunizada ou não completou totalmente o ciclo de vacinação (com as duas doses).

O que revela, de acordo com o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Paiva, a importância da vacinação.

"Nos países em que a vacinação avançou, as pessoas infectadas (pela variante Delta) são as que não foram imunizadas", pontuou Marcelo Paiva.