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Covid-19: saiba como fica a distribuição de vacinas após mudança nos critérios

As doses das vacinas são enviadas pelo Ministério da Saúde para todos os Estados do Brasil

Agência Brasil
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Publicado em 04/08/2021 às 19:55 | Atualizado em 06/01/2022 às 16:18
Foto: Hélia Scheppa/SEI
FOTO: Foto: Hélia Scheppa/SEI

O Ministério da Saúde, em entrevista coletiva realizada, nesta quarta-feira (4), falou sobre o envio insuficiente de lotes da vacina contra a covid-19 da Pfizer.

Segundo gestores da pasta, não houve ação para prejudicar o estado, mas uma “compensação” para equalizar o andamento da vacinação nas diferentes Unidades da Federação.

De acordo com a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, houve uma mudança na metodologia de distribuição das vacinas.

Mudança na distribuição das vacinas

Se antes elas eram divididas com base nos públicos prioritários, agora são enviadas a cada estado para a vacinação por faixas etárias.

Leite disse que em razão da disparidade entre os estados, o Ministério da Saúde passou a fazer a “compensação” para que os mais atrasados na vacinação possam avançar.

“Calculamos o denominador através do censo de 2020 projetado através de faixa etária. Evidenciamos que alguns estados têm determinada cobertura, como São Paulo com 63% e Acre com 78% para 1ª dose acima de 18 anos. Há disparidade neste sentido. Os que estão um pouco menos avançados receberão percentual para tentar equacionar”, argumentou a secretária.

Essa disparidade pode ter sido causada por alguns fatores.

Um deles é o fato de um determinado estado ter recebido mais por conta de ter mais pessoas dos públicos prioritários (como profissionais de saúde ou forças de segurança).

Houve também outros critérios, como áreas de fronteira.

Doses da vacina

Rosane Leite ressaltou que há compensação também nos casos em que a fabricação de doses ocorre no estado, como no caso de São Paulo com a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, ou do Rio de Janeiro com a Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“São Paulo pode fazer a retirada direta lá [no Instituto Butantan], assim como o Rio de Janeiro também faz com a AstraZeneca. O que ocorre é que muitas vezes é que por falha de comunicação pode-se retirar quantitativo a mais e por conta da equidade a gente acaba fazendo algumas compensações”, pontuou.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, declarou que a dinâmica de distribuição das doses foi pactuada com as secretarias estaduais e municipais de saúde por meio das suas entidades, o Conass e o Conasems.

Cruz informou que o Ministério da Saúde irá analisar o pleito do governo de São Paulo de recebimento de mais doses.

“Eu fiz contato com coordenadora do PNI [Programa Nacional de Imunizações de São Paulo, para analisar o pleito. Mas compensa dizer que os estudos desenvolvidos pelo Ministério mostram que a pauta está equânime. Não já que se falar que um estado foi prejudicado em detrimento de outro”, disse.