SAÚDE

Intervalo de aplicação da Pfizer diminuirá em setembro, diz Queiroga

Prazo entre as doses cairá para 21 dias para frear variante Delta

Agência Brasil
Agência Brasil
Publicado em 14/08/2021 às 17:48 | Atualizado em 21/02/2022 às 16:11
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde - FOTO: EVARISTO SA/AFP
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde - FOTO: EVARISTO SA/AFP

A partir de setembro, o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda doses da Pfizer cairá dos atuais 90 dias para 21 dias, confirmou hoje (14) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A redução do prazo tem como objetivo frear os casos da variante Delta do novo coronavírus, mais contagiosa que as variantes anteriores.

Segundo Queiroga, o governo apenas espera que toda a população adulta esteja vacinada para diminuir o intervalo para três semanas.

Embora as aplicações em 90 dias ajudem a aumentar a eficácia da vacina, segundo estudos internacionais, o prazo original determinado pelo fabricante da Pfizer é 21 dias.

“À medida que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. [A previsão é] em setembro. Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com a primeira dose”, disse o ministro, durante lançamento do projeto-piloto de testagem em massa contra a covid-19, em Brasília.

A antecipação do prazo da vacina da Pfizer tinha sido anunciada pelo Ministério da Saúde no fim de julho.

A decisão havia sido tomada pelo governo federal junto com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

ESTUDO

Na ocasião, a pasta só não tinha informado a data a partir da qual a redução do intervalo começaria porque esperava o avanço das campanhas de vacinação nos estados.

Um estudo publicado nesta semana pela revista New England Journal of Medicine mostrou que a eficácia da primeira dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca cai de 50% para 35% contra a variante Delta.

Com a segunda dose, a eficácia volta aos níveis verificados antes do surgimento da variante.

Aplicada no Brasil desde maio, a vacina da Pfizer teve o intervalo ampliado para 90 dias por causa da baixa oferta inicial do imunizante.

Nos últimos meses, o fornecimento regularizou-se, tornando possível o encolhimento do intervalo para o prazo determinado pelo fabricante.