PANDEMIA

Fiocruz vai fabricar 60 milhões de testes de antígeno para covid-19

Investimento será de cerca de R$ 1,2 bilhão e o montante de testes a ser fabricado poderá ser entregue ao Ministério da Saúde até o final deste ano

Agência Brasil
Agência Brasil
Publicado em 16/08/2021 às 20:51 | Atualizado em 25/02/2022 às 14:53
 Fábio Costa/ JC Imagem
FOTO: Fábio Costa/ JC Imagem

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, hoje (16), que vai produzir 60 milhões de testes de antígeno para o diagnóstico da covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a fundação, a iniciativa terá investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão, e o montante de testes a ser fabricado poderá ser entregue ao Ministério da Saúde até o final deste ano.

Além de fabricar os testes, a Fiocruz será responsável por treinar equipes e prestar assistência técnica e científica nas localidades definidas pelo governo federal.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que a contribuição será mais uma forma de a instituição pôr sua capacidade tecnológica e de produção à disposição da saúde pública brasileira.

A fundação já fornece testes moleculares (RT-PCR) ao SUS e continuará a produzi-los. Ao todo, a fundação entregou 11,7 milhões de testes RT-PCR em um primeiro contrato e firmou novo acordo para disponibilizar mais 13,7 milhões.

O teste RT-PCR é considerado o padrão ouro para a detecção do SARS-CoV-2, e suas amostras também são importantes para o monitoramento das variantes, uma vez que contêm o material genético do vírus e podem ser usadas para o sequenciamento.

O teste precisa ser enviado a laboratórios especializados, onde o processamento pode levar algumas horas e depende de equipamentos sofisticados.

O teste de antígeno, por sua vez, pode ser processado no próprio local da coleta, em um procedimento que pode durar apenas 15 minutos para mostrar o resultado.

A sensibilidade do teste é menor que a do RT-PCR, mas também é considerada alta, com potencial acima de 95%.

IDENTIFICAÇÃO

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, explicou que ampliar a testagem no país permitirá identificar rapidamente os infectados e adotar uma estratégia de rastreamento de seus contatos.

"Com isso, as autoridades de saúde podem fazer uma intervenção mais efetiva e direcionada, detectando e isolando os infectados e interrompendo a cadeia de transmissão do vírus", disse Krieger.