COVID-19

Ministério da Saúde estuda necessidade da 3ª dose da vacina contra covid-19

O tema foi debatido nesta segunda-feira (16) com especialistas e parlamentares

Agência Brasil
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Publicado em 16/08/2021 às 19:36 | Atualizado em 25/02/2022 às 15:11
Victor Patrício/Prefeitura de Camaragibe
FOTO: Victor Patrício/Prefeitura de Camaragibe

A disseminação da variante Delta da covid 19 provocou um questionamento sobre a eficácia de algumas vacinas; e também sobre a possibilidade de uma terceira dose ou de uma dose de reforço do imunizante.

Este foi o tema do debate da Comissão Temporária da Covid-19, no Senado, nesta segunda-feira (16).

Os casos de contaminação pelo coronavírus por pessoas com o ciclo de vacinação completo chamam a atenção de parlamentares e especialistas.

A secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, Rosana Leite Melo, ressaltou a marca de duzentos milhões de doses já distribuídas no país e afirmou que é possível que haja a necessidade de uma dose de reforço da vacina, ou de uma terceira dose.

Segundo ela, o Ministério da Saúde tem estudos em andamento para saber que decisão tomar e sobre qual imunizante seria o mais adequado.

Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, vários países estão conduzindo estudos sobre uma terceira dose da vacina contra o coronavírus, e alguns até já estão aplicando a dose extra de imunizantes na população.

Meiruze informou que a Anvisa está atenta às discussões fora do Brasil sobre a necessidade de mais uma dose.

Meiruze citou a Espanha, que pesquisa a eficácia de aplicar vacinas com tecnologias diferentes em um mesmo paciente, embora o país ainda siga aplicando a segunda dose com o mesmo imunizante.

Segundo Meiruze Freitas, em países como o Reino Unido, a Austrália e a Alemanha, estudos sobre a aplicação de imunizantes diferentes apontam para a necessidade de doses de reforço somente em condições especiais, como pacientes de câncer, por exemplo, que têm a imunidade reduzida.

OBSERVAÇÃO

Também participou da audiência, a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, que acredita que a variante delta tem grandes chances de se tornar prevalecente em várias regiões do país.

Somente no Rio de Janeiro, a pesquisadora, que também é médica, disse que já é possível perceber aumento de hospitalização de idosos com o ciclo de vacinação completo, assim como profissionais de saúde.