Dose extra

Vai ter terceira dose da vacina da Astrazeneca contra a covid-19? Quem terá direito? Quando será? Teve antecipação da segunda dose?

Houve mudança no intervalo entre as doses das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Além disso, a quantidade de doses das vacinas mudou para algumas pessoas

Karina Albuquerque
Karina Albuquerque
Publicado em 26/08/2021 às 12:34 | Atualizado em 06/04/2022 às 21:38
Reprodução/Agência Brasil
FOTO: Reprodução/Agência Brasil

As vacinas são sinônimos de esperança e fomento para a superação da pandemia do novo coronavírus (covid-19). E agora, o Ministério da Saúde vem realizando anúncios sobre antecipação, terceira dose e dose de reforço das vacinas contra a doença, que estão causando confusão na cabeça das pessoas.

>> Vai ter terceira dose da vacina contra a covid-19? E reforço? Quando? Quem tem direito? Será usada Pfizer, Coronavac, Astrazeneca ou Janssen?

#URGENTE A partir da segunda quinzena de setembro, vamos começar a distribuir vacinas #Covid19 para doses de reforço e reduzir o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca

Segue o e entenda:

— Ministério da Saúde (@minsaude) August 25, 2021

 

 

Vai ter antecipação da segunda dose?

A Câmara Técnica do PNI decidiu pela antecipação da segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o intervalo entre as duas doses será de dois meses.

A medida foi adotada com o propósito de tentar alcançar a meta de aplicar a segunda dose em todos os brasileiros adultos até o fim de outubro. Até hoje, 35% das pessoas com mais de 18 anos completaram o ciclo vacinal no país.

Também foi decidido, durante a reunião de ontem, que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer, de 12 para 8 semanas.

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Vai ter terceira dose da Astrazeneca?

Para quem foi vacinado com vacina da AstraZeneca/Oxford está confirmada apenas a dose de reforço, não a terceira dose. A terceira dose é quando uma pessoa toma três doses de um mesmo tipo de vacina. No reforço, a composição do imunizante contra a Covid-19 não deve ser a mesma.

Como, primeiramente, o governo anunciou que essa nova dose será com a vacina da Pfizer, preferencialmente, então não deve ser considerada uma terceira dose, mas uma dose de reforço.

Mas vai ter 3 doses de vacina contra a covid-19?

Sim. Terceira dose ou dose de reforço, serão 3, mas não para todo mundo, a princípio.

E quem vai ter direito?

Primeiro, terão direito à dose de reforço os idosos a partir de 70 anos e imunossuprimidos, pessoas com dificuldades no sistema imunológico, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.

Quando?

A previsão do Ministério da Saúde é que a dose de reforço comece em setembro, a partir do dia 15. Já a terceira dose deve começar quando acabar a vacinação de toda a população, até o fim do ano.

Qual será a vacina usada?

A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.

 

Previsões da terceira dose

O ministro Marcelo Queiroga disse, no dia 18 de agosto, que a aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde. Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal.

Dose de reforço confirmada

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou em entrevista coletiva nessa quarta-feira (25) a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 para idosos acima de 70 anos. Outra medida aprovada pelo ministério e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde é a antecipação da segunda dose, em alguns casos.

A chamada “dose de reforço” será aplicada em quem tomou a segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas começarão a receber a proteção adicional em setembro. Os integrantes da pasta não adiantaram a data. O intuito é fortalecer a imunidade dessas faixas etárias diante do crescimento da circulação da variante delta.

“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados. Vacinando os idosos com esse reforço teremos proteção adicional”, disse na entrevista o ministro da Saúde.

As pessoas com dificuldades no sistema imunológico, denominadas “imunossuprimidas”, também serão convocados para a dose de reforço. Nesse caso, a diferença entre a última dose e a de reforço será de 28 dias. Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire, defendeu a medida. "Vamos trabalhar obedecendo a ciência e as orientações técnicas do PNI [Programa Nacional de Imunização]. Se neste momento está orientando vacinar acima de 70 anos com a dose de reforço é porque as evidências nos indicam que este público está mais vulnerável", opinou.

O imunizante utilizado será o Pfizer. “Vamos fazer com vacina da Pfizer porque ela foi testada em regimes de intercambialidade [uso de diferentes marcas em distintas doses], porque está aprovada na maioria das agências sanitárias do mundo e porque o ministério se programou para adquirir uma quantidade expressiva e tem chegado em tempo que nos dá segurança”, justificou Queiroga.

Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. Cruz acrescentou que até o meio de setembro o Ministério da Saúde quer atingir a imunização de toda a população adulta com a primeiro dose.

Doses de reforço na segunda quinzena de setembro

Nessa quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.