Uma empresária identificada por Vera Lúcia Machado de Sousa, de 37 anos, ficou paraplégica após ser atingida por quatro tiros. De acordo com informações do UOL, o suspeito do crime, ocorrido nessa quarta (29), é o ex-marido da vítima, o caminhoneiro Anilson Assis de Oliveira, de 49 anos.
O homem foi encontrado horas depois com um ferimento no rosto e está hospitalizado com escolta policial. O caso aconteceu em Costa Rica, no Mato Grosso do Sul (MS).
O delegado Caíque Ducatti, que está investigando o caso, relatou que os dois foram casados, mas estavam separados desde o começo do ano. Por volta da 00h30, a mulher, dona de uma lanchonete, chegou em casa, acompanhada de uma funcionária, e acabou surpreendida pelo ex, que estaria escondido em um terreno baldio. Ele teria então retirado a passageira do veículo e atirado contra ela.
Coluna cervical
Um dos quatro disparos que atingiram a dona da lanchonete acabou atravessando a sua coluna cervical. Ela foi levada para a Santa Casa de Campo Grande e passou por cirurgias. Segundo a unidade de saúde, o estado dela é considerado gravíssimo. A mulher respira com ajuda de aparelhos. De acordo com o boletim médico, a vítima será mantida intubada e sedada até que apresente uma melhora.
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Suspeito
O caminhoneiro foi encontrado, horas depois do crime, caído e com um ferimento de tiro no queixo, às margens do rio Sucuriu, na zona rural do município.
"A funcionária que foi testemunha e a própria vítima, socorrida consciente, nos relataram quem era o autor dos disparos e imediatamente passamos a procurá-lo. Na tarde de ontem, recebemos a denúncia de que uma moto estava abandonada em uma chácara que fica às margens desse rio e, ao chegar lá, encontramos o veículo e o suspeito", explica o delegado.
O homem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e continua internado no hospital, sem risco de morrer. A arma usada no crime ainda não foi localizada.
Ameaças
Ainda segundo a Polícia Civil, desde que o casal se separou, o caminhoneiro passou a perseguir e ameaçar a vítima. A empresária tinha uma medida protetiva contra o ex-marido.
Em abril, ele chegou a ser detido, mas foi liberado dois dias depois. "Na ocasião, a vítima nos procurou após ser ameaçada de morte e relatou que tinha muito medo dele. Acreditamos que, de lá para cá, ela tenha sido intimidada pelo homem e, por isso, não o denunciou mais", acrescenta Caíque Ducatti.