A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou por maus-tratos a fisioterapeuta Sâmia Patrícia Riatto Watanabe, profissional flagrada agredindo um dos seus pacientes, um menino de 8 anos com espectro autista, durante sessões em uma clínica particular de Manaus (AM). Em depoimento, ela negou as acusações e alegou que tudo fazia parte do tratamento.
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O caso
Os registros aconteceram entre maio e julho, e o caso veio à tona em 17 de julho, quando a mãe da criança denunciou as agressões no 22º Distrito Integrado de Polícia.
As suspeitas dela e do marido começaram em 1 de julho, depois que a criança informou ao pai que Sâmia havia batido em sua cabeça. As agressões, no entanto, só foram confirmadas depois que a família teve acesso às gravações das câmeras de segurança da clínica, em 19 de julho.
Nas imagens, a fisioterapeuta aparece puxando o braço do menino. Também aparenta falar de forma ríspida com ele.
Em outro trecho, ela bate com a mão direita na cabeça da criança, que, quando levanta, aparenta estar chorando e enxuga os olhos.
Em outros vídeos, a criança aparece desacompanhada durantes as sessões. No dia 29 de junho, Sâmia é gravada recepcionando o menino na entrada da sala com um empurrão no peito.
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Parte do tratamento
Ao ser questionada sobre as imagens, Sâmia Riatto negou as agressões e a denúncia de maus tratos, disse que a "batida na cabeça" e os puxões tratam-se de um método chamado propriocepção e reforço sensório social. Ambos parte do tratamento.
O caso foi encaminhado para a Justiça do Amazonas.