Insatisfeitos com os constantes aumentos dos combustíveis e descontentes com as propostas do governo para a categoria, os caminhoneiros ainda estão ameaçando parar suas atividades. Essa paralisação já foi confirmada em nota conjunta pelos representantes da categoria.
Auxílio para os caminhoneiros criado por Jair Bolsonaro
Nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que quer criar um auxílio para os caminhoneiros, para atender 750 mil profissionais autônomos da categoria. A ideia de Bolsonaro foi apresentada aos caminhoneiros sem detalhar a fonte dos recursos, o valor do benefício e seu tempo de duração.
Os líderes dos caminhoneiros não acharam que a proposta de Bolsonaro seria suficiente para atender às necessidades da categoria.
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNRTC) disseram, por meio de nota, que "é necessário mudar urgente esse cenário, porque o povo brasileiro não suporta mais essa cadeia consecutiva de aumentos nos combustíveis e gás de cozinha".
Ainda vai ter greve dos caminhoneiro?
Segundo o líder dos caminhoneiros, a greve irá acontecer e está marcada para o dia 1º de novembro. Entretanto, nos bastidores do governo federal a greve dos caminhoneiros é vista como uma ameaça que não será cumprida. Ou seja, acreditam que as paralisações não contarão com forte adesão da classe.
Constantes aumentos nos preços dos combustíveis
Entre as exigências dos caminhoneiros está uma revisão por parte do governo federal na política de preços praticada pela Petrobras, pois quando comparamos à agosto de 2020, o preço do combustível subiu 37,25% nesse mesmo período de 2021.
Outra demanda é a atualização da tabela de Piso Mínimo de Frete, bem como a contratação de um instituto, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para realizar estudos e cálculos para reajuste.
Paralisação dos tanqueiros
Em protestos pelo preço do diesel e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), os caminhoneiros que transportam combustíveis no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Em Campos Elíseos, no município de Duque de Caxias (RJ), os caminhoneiros bloquearam o acesso de outros caminhões a bases de abastecimento.
Em Minas Gerais, todos os caminhões tanqueiros suspenderam as atividades e alguns deles ficaram concentrados na região da Refinaria Gabriel Passos, em Betim.