Imunização

Biontech, AstraZeneca, Coronavac: vacinas funcionam contra a variante Ômicron? Saiba detalhes

A variante Ômicron já foi notificada em 57 países, e o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar segue aumentando

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Karina Costa Albuquerque

Publicado em 09/12/2021 às 9:47 | Atualizado em 19/10/2023 às 13:42
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A variante Ômicron já foi notificada em 57 países, e o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar provavelmente aumentará à medida que ela se dissemina, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nessa quarta-feira (8).

Você pode tirar dúvidas gerais sobre a variante ômicron aqui.

Vacinas são eficazes contra a variante Ômicron?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, nessa terça-feira (7), que as vacinas são eficazes contra a nova variante Ômicron do coronavírus, detetcada na África do Sul, ao proteger os infectados que desenvolvem doença grave.

"Não há razão para duvidar" de que as vacinas atuais protegem os doentes infectados com Ômicron contra formas graves de covid-19, afirmou o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan, em entrevista.

"Temos vacinas muito eficazes que se mostram potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso" com a Ômicron, disse Ryan, acrescentando que estão no início estudos da variante, detectada apenas em 24 de novembro e que já foi registrada em cerca de 40 países.

Biontech vacina

Estudos preliminares demonstraram que três doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 neutralizam a variante Ômicron. O anúncio foi feito pelas empresas Pfizer e BioNTech, responsáveis pelo imunizante.

A pesquisa, feita com testes de anticorpos, mostrou que duas doses podem não ser suficientes para proteger as pessoas contra a infecção pela nova variante. Ainda assim, a Pfizer e a BioNTech acreditam que essas duas doses podem proteger contra casos graves de covid-19.

As farmacêuticas informaram que continuam avançando no desenvolvimento de uma vacina que seja específica para a Ômicron. A previsão é que o imunizante esteja disponível em março do ano que vem, se for necessário.

CoronaVac

A vacina contra covid-19 CoronaVac tem-se mostrado eficaz contra a variante Ômicron do coronavírus, disse, na terça-feira (7) Weidong Yin, presidente do laboratório chinês Sinovac, responsável pelo desenvolvimento do imunizante.

"Vimos o surgimento de variantes da covid-19, e a Ômicron nos preocupa tanto. A vacina tem-se provado eficaz contra essa variante, e estamos desenvolvendo um novo imunizante com base na variante", disse o presidente da Sinovac, segundo nota divulgada pelo Butantan.

Após adquirir 100 milhões de doses da CoronaVac, o Ministério da Saúde não fez mais compras da vacina para o Programa Nacional de Imunização (PNI), alegando que só adquirirá imunizantes que tenham o registro definitivo na Anvisa.

A CoronaVac tem, por ora, apenas autorização para uso emergencial, e o Butantan ainda não pediu ao órgão regulador o registro definitivo da vacina.

O Butantan também chegou a solicitar à agência autorização para uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, mas a agência reguladora rejeitou a solicitação sob o argumento de que dados necessários para a análise não foram entregues pelo instituto.

A instituição tem insistido que a CoronaVac, que já está sendo aplicada em crianças no Chile, é eficaz e segura para crianças e adolescentes, e informa que já realizou algumas reuniões com a Anvisa sobre o assunto.

No entanto, o Butantan ainda não encaminhou nova solicitação à agência para uso do imunizante nessa faixa etária.

Vacina específica para a Ômicron

Segundo Weidong Yin, o laboratório trabalha no desenvolvimento de um imunizante específico para a nova cepa. 

Weidong Yin deu as declarações durante simpósio realizado no Instituto Butantan sobre a CoronaVac, vacina envasada no Brasil pelo instituto paulista e que deu a largada na campanha nacional de vacinação contra a covid-19 no país em janeiro deste ano.

Astrazeneca

A Universidade de Oxford e a AstraZeneca não disponibilizaram informações sobre estudos em andamento.

Veja também: Saiba quais são os sintomas mais comuns da ômicron e de outras variantes do coronavírus?

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